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Aglomeração pode gerar novas restrições em São Paulo, diz secretário

Edson Aparecido cobrou colaboração da população paulistana - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
Edson Aparecido cobrou colaboração da população paulistana Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

19/01/2021 22h28

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou hoje que medidas mais duras de restrição podem ser aplicadas na cidade se os casos de covid-19 continuarem aumentando. "Ou todo mundo colabora, ou vamos partir para medidas mais restritivas", disse.

Edson Aparecido, em entrevista à emissora de televisão CNN Brasil, falou sobre a responsabilidade dos cidadãos no avanço da doença na cidade, citando baladas clandestinas e bares lotados sem respeito aos protocolos de segurança. "Se não avançarmos, se a população não ajudar teremos pressão grande no sistema público e privado do município", explicou.

O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, também afirmou hoje mais cedo que o estado pode ter medidas mais restritivas. Segundo Gorinchteyn, regiões do estado podem regredir para a fase vermelha do Plano São Paulo, se necessário. O secretário estadual também cobrou colaboração da população.

Para o secretário municipal, um agravante é o fato de a capital paulista receber pessoas de outras cidades do estado atrás de atendimento. Ele lembrou a situação de colapso no sistema de saúde de Manaus e defendeu que as novas restrições podem ser aplicadas para evitar um cenário semelhante.

Vacinação em São Paulo

Edson Aparecido disse ainda que o município tem condições de fazer 600 mil vacinações por dia, mas que isso depende da disponibilidade da vacina. O secretário afirmou que sua expectativa é que o Instituto Butantan possa receber insumos para a fabricação de mais doses da CoronaVac e que o Ministério da Saúde consiga tanto insumos quanto vacinas produzidas em outros laboratórios.

O Instituto Butantan, que produz a CoronaVac no Brasil, e a Fiocruz, que faz a vacina que foi desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a Astrazeneca, aguardam a importação de matéria-prima vinda da China e da Índia para produzir mais doses das vacinas.