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Esperando insumos da China, governadores celebram envio de vacinas da Índia

Avião brasileiro deveria ter ido à Índia buscar vacinas de Oxford, mas negociação havia sido interrompida - Reprodução/Twitter
Avião brasileiro deveria ter ido à Índia buscar vacinas de Oxford, mas negociação havia sido interrompida Imagem: Reprodução/Twitter

21/01/2021 18h11

Os governadores João Doria, de São Paulo, e João Azevêdo, da Paraíba, comemoraram hoje a liberação da importação de 2 milhões de doses de vacinas de Oxford e da Astrazeneca vindas da Índia.

"Esse é mais um passo importante para garantir a continuidade do Plano Nacional de Imunização", escreveu João Azevêdo em seu Twitter. Já Doria, além de comemorar, relembrou a necessidade de aquisição de insumos vindos da China para a produção de mais vacinas em território nacional.

"Precisamos de mais vacinas para imunizar os brasileiros. Aguardamos também a liberação de insumos da China para a fabricação das vacinas do Butantan e da Fiocruz. Todos na luta pela vida", afirmou o paulista.

Pressão por importação de insumos

De acordo com o governador do Amapá, Waldez Góes, governadores de todo o país assinaram um ofício solicitando ao presidente Jair Bolsonaro "que mantenha o fornecimento externo de insumos necessários para a produção das vacinas contra a Covid-19 no país". Waldez Góes, porém não especificou quais governadores assinaram o documento.

"O governo federal precisa buscar imediatamente uma solução para as questões referentes ao fornecimento de insumos para produção de vacinas. Do contrário, o Brasil pode pagar um preço muito alto.", escreveu Waldez Góes, também no Twitter.

Hoje, a Embaixada da China afirmou que fará esforços máximos para garantir o envio de insumos para a vacina ao Brasil. A negociação para a compra de mais matéria-prima para a produção de imunizantes vem se arrastando há dias e contou até mesmo com a interferência do ex-presidente Michel Temer, a pedido do governo de São Paulo.

Bahia aguarda autorização da Sputinik V

Outro governador que se manifestou no Twitter hoje sobre a questão das vacinas foi Rui Costa, da Bahia. Ele anunciou que o estado adquiriu mais quatro milhões de seringas, mas ressalvou que mais doses de vacinas são necessárias. "Continuamos confiantes na autorização do uso da Sputnik V após nossa ação no STF [Supremo Tribunal Federal]. Precisamos salvar vidas", disse.

O governo da Bahia quer comprar diretamente o imunizante, sem o intermédio do governo federal, mas ele ainda não foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O governo baiano entrou com uma ação no Supremo para viabilizar a compra da vacina.

Ontem, o ministro Ricardo Lewandowski deu 72h para que a Anvisa informe sobre a análise do pedido de uso emergencial do imunizante, que foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, de Moscou, e é comercializado pelo Fundo Russo de Investimento Direto. A Sputinik V não teve testes de fase 3 no Brasil, e isso é uma das questões que podem atrapalhar sua aprovação.