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Rio tem todas as 33 regiões administrativas com risco alto para covid-19

Movimentação intensa de banhistas na praia do Leme, zona sul do Rio de Janeiro, em meio à pandemia da covid-19 - ELLAN LUSTOSA/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimentação intensa de banhistas na praia do Leme, zona sul do Rio de Janeiro, em meio à pandemia da covid-19 Imagem: ELLAN LUSTOSA/ESTADÃO CONTEÚDO

Igor Mello

Do UOL, no Rio

22/01/2021 09h43Atualizada em 22/01/2021 11h40

No Rio de Janeiro, todas 33 Regiões Administrativas (RAs) entraram para a lista de áreas com alto risco de transmissão da covid-19, segundo o boletim epidemiológico emitido pela Prefeitura hoje. Na última semana, o Rio passou de 18 para 28 áreas de alto risco.

A classificação de alto risco é a segunda em uma escala de três estágios, sendo risco moderado o mais ameno e risco muito alto o mais grave. Apenas cinco das 33 RAs do Rio estavam em risco moderado, sendo elas a Rocinha, Jacarezinho, Complexo do Alemão, Realengo e Complexo da Maré. De acordo com o novo boletim, essas localidades também passaram a integrar a lista de risco alto.

O que muda

A partir de agora, passam a valer maiores restrições como redução na capacidade de lotação de espaços e alteração de horário de funcionamento de bares e restaurantes. As mudanças afetam serviços essenciais como supermercados efarmácias, além de alterar as regras para o funcionamento do comércio de rua, shopping centers, boates, casas de show, bares, restaurantes e academias, entre outros.

Supermercados, farmácias, padarias, açougues, mercearias e outros estalecimentos comerciais que vendem alimentos:

  • Limitação de clientes em 2/3 da capacidade interna do estabelecimento;
  • Priorização de entregas;
  • Ampliação do horário de funcionamento;

Hospitais, unidades de saúde e clínicas veterinárias:

  • Ampliação do horário de funcionamento;

Shoppings e centros comerciais:

  • Limitação de clientes em 2/3 da capacidade interna do estabelecimento;
  • Ampliação do horário de funcionamento;

Boates e danceterias:

  • Limitação de clientes em 1/4 da capacidade interna do estabelecimento com a pista de dança fechada.
  • Proibição de música ao vivo;
  • Permissão somente de som ambiente em volume baixo;
  • Serviços de alimentação (bares, restaurantes, cafés, lanchonetes, quiosques na orla e etc)
  • Proibido manter público em pé entre as mesas;
  • Proibida música ao vivo e permitido som ambiente em volume baixo;.
  • Venda de bebidas alcoólicas e comida somente para clientes sentados às mesas;

Academias, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico:

  • Limitação de clientes em 1/2 da capacidade interna do estabelecimento;
  • Atividades físicas de grupo restritas a seis participantes, exceto para atletas de alto rendimento;
  • Obrigatoriedade ampliação do horário de funcionamento;

Carnaval cancelado

O cálculo do indicador tem como base o número de internações e de óbitos que ocorrem na cidade. Até ontem, o Rio de Janeiro tinha 16.543 mortes e 182.713 casos confirmados de coronavírus. O boletim considera três níveis: moderado, alto e muito alto.

A Prefeitura do Rio informou que a fiscalização e as ações de conscientização continuam na cidade. Até o momento, foram realizadas 167 fiscalizações e 58 infrações foram encontradas em 28 bairros. Além disso, cerca de 9 locais foram interditados.

O prefeito Eduardo Paes (DEM-RJ) comemorou a criação de 50 leitos novos leitos na rede pública para a covid-19. Ao todo, desde o começo do ano, 200 leitos para pacientes do vírus foram criados na cidade.

"Não é possível que as pessoas vendo outras morrerem, como nós estamos vendo em todo o Brasil, e numa tentativa que a prefeitura vem tendo de abrir os espaços públicos para que as pessoas não fiquem confinadas em suas casas, não é possível que as pessoas achem que vai valer, ou que vão poder curtir o verão a vontade. Não vão", disse Eduardo Paes.

O prefeito reforçou que a chegada da vacina, na quantidade que foi direcionada ao Rio, "não resolve o problema" da pandemia. "Esse verão não é igual aquele que passou. Aqueles que acham que vão ficar nas baladas, nas festas, fazendo aglomeração, deixem de ser burros. Estão matando pessoas. Vamos respeitar as regras".

Para evitar aglomerações e a propagação do coronavírus, o prefeito comunicou ontem que o carnaval, previsto para o mês de julho na cidade, foi cancelado.