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Mourão diz que empresas têm mais 'flexibilidade' para comprar vacina

Mourão avaliou que empresas têm mais "flexibilidade" para fazer compras do que o governo. - Cláudio Marques/Futura Press/Estadão Conteúdo
Mourão avaliou que empresas têm mais "flexibilidade" para fazer compras do que o governo. Imagem: Cláudio Marques/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

26/01/2021 11h57

O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), classificou hoje como "coerente" a possibilidade de empresas privadas brasileiras comprarem doses de vacinas contra a covid-19 para imunizar seus funcionários. Ele avaliou que empresas têm mais "flexibilidade" para fazer compras do que o governo.

Na avaliação dele, o plano, caso seja concretizado, não prejudicaria o PNI (Programa Nacional de Imunização).

"Acho que é uma iniciativa coerente dentro do que já vinham propugnando, comprariam uma quantidade x aí, metade seria destinada ao Sistema Único de Saúde e outra metade faria o adiantamento da vacinação dessas empresas que isso fortalece nossa economia. Como bem falou o ministro Paulo Guedes ontem, a vacinação em massa é que vai permitir que a gente volte à atividade normal", disse Mourão na chegada a seu gabinete no Palácio do Planalto, na manhã de hoje.

Questionado se não caberia ao governo comprar os imunizantes, o vice disse que a gestão federal está adquirindo as vacinas, mas destacou que as companhias têm mais flexibilidade para fazê-lo.

"Uma empresa eu digo assim 'eu vou comprar x vacinas, eu te adianto 30%', por exemplo. O governo não pode fazer esse tipo de adiantamento. Então uma empresa privada tem muito mais flexibilidade que um governo para fazer compras, essa é a realidade. Governo vem adquirindo todas as vacinas necessárias, já falei para vocês", argumentou.

Bolsonaro: empresários têm aval para comprar

Também hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que deu aval para que o grupo de empresários compre, por conta própria, um lote de 33 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca.

A proposta partiu de um grupo de empresários que, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, reuniram-se em teleconferência na segunda-feira para definir quem participaria. O grupo Gerdau e a Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) estão entre os coordenadores da iniciativa.

"Eu quero deixar bem claro que o governo federal é favorável a esse grupo de empresários para levar avante a sua proposta para trazer vacina para cá a custo zero para o governo federal para imunizar, então, 33 milhões de pessoas", disse Bolsonaro durante uma conferência para investidores organizada pelo Credit Suisse.

Guedes também defendeu a proposta afirmando que a ajuda ao governo será bem-vinda e que não se pode considerar a compra uma questão de "furar-fila".

* Com informações da Reuters