Topo

Esse conteúdo é antigo

'Era questão de tempo', diz Gabbardo sobre variante da covid-19 chegar a SP

João Gabbardo disse que Centro de Contingência já previa chegada da variante surgida no Amazonas - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
João Gabbardo disse que Centro de Contingência já previa chegada da variante surgida no Amazonas Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

27/01/2021 08h02Atualizada em 27/01/2021 10h14

A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou ontem os três primeiros casos, no estado, da covid-19 causados pela nova variante brasileira do novo coronavírus, identificada pela primeira vez no Amazonas. De acordo com João Gabbardo, diretor-executivo do Centro de Contingência da covid-19, esse acontecimento já era esperado e foi uma das razões para o anúncio de medidas mais restritivas na semana passada.

"Quando o Centro de Contingência tomou medidas um pouco mais duras, um dos motivos era esse. Estava aumentando as internações. E vimos o que acontecia em Manaus, a possibilidade de vinda desse vírus mutante, que tem aumentado a transmissibilidade e também casos mais complexos", afirmou Gabbardo, em entrevista à CNN Brasil, pedindo para as pessoas evitarem aglomerações e tomarem todos os cuidados sanitários.

Era questão de tempo saber que teria esse vírus em São Paulo. Mas as medidas de contenção são as mesmas que já preconizávamos anteriormente
João Gabbardo, diretor-executivo do Centro de Contingência da covid-19 em SP

O diagnóstico da nova variante em São Paulo veio após sequenciamento de três resultados positivos de exames feitos no Instituto Adolfo Lutz. Eram testes de pacientes que passaram por atendimento na rede pública de São Paulo com histórico de viagem ou residência em Manaus.

Vacinas

Ontem, o governo de São Paulo confirmou que insumos para a produção de novas doses da CoronaVac chegarão no estado em 3 de fevereiro, vindos da China. Assim como já tinha dito Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, Gabbardo confirmou que a expectativa é que esses imunizantes fiquem prontos até o final de fevereiro para aplicação na população.

"O Butantan precisa de em torno de 20 dias para fazer processamento da matéria-prima e depois alguns dias são necessários para o controle de qualidade. Quando vai ser utilizado? Vai depender do Ministério da Saúde, da logística. Depois da chegada do insumo, acredito que em torno de 24 dias a vacina já possa ser utilizada", estimou Gabbardo.