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Anvisa libera nova importação de doses da vacina de Oxford pela Fiocruz

Chegada do primeiro lote de doses importadas da vacina da AstraZeneca/Oxford a Salvador, no final de janeiro - Governo da Bahia
Chegada do primeiro lote de doses importadas da vacina da AstraZeneca/Oxford a Salvador, no final de janeiro Imagem: Governo da Bahia

Do UOL, em São Paulo*

12/02/2021 21h05

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou hoje que aprovou a importação da Índia de um novo lote de doses da vacina contra a covid-19 da farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. O aval da agência federal foi concedido em menos de três dias, após a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) ter feito a solicitação anteontem (10).

Apesar de a Fiocruz ter uma previsão feita pela AstraZeneca de fornecimento de 10 milhões de doses até março, a nova importação será na mesma quantidade do primeiro lote, que chegou ao Brasil em 22 de janeiro. Serão mais 2 milhões de doses do imunizante, o que representa pouco para a demanda do país que vacinou até agora menos de 3% da população.

Segundo a Anvisa, a Diretoria Colegiada da agência federal deu o aval baseado na autorização anterior, concedida em 17 de janeiro, já que as doses serão novamente importadas do Instituto Serum, maior fabricante mundial de vacinas. A Anvisa afirmou que também considerou a necessidade de evitar a paralisação da imunização de grupos prioritários por conta da falta de vacinas, que já ameaça várias cidades pelo Brasil.

Até agora, a campanha nacional de vacinação depende basicamente da CoronaVac, a vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. Segundo a instituição ligada ao governo paulista, foram distribuídas até essa semana 9,8 milhões do imunizante para o Ministério da Saúde.

Sobre a importação do novo lote da vacina de Oxford, a Fiocruz ainda não tem uma data estimada para a chegada das 2 milhões de doses.

Envase começou hoje

A Fiocruz será responsável pela produção nacional do imunizante da AstraZeneca, e hoje começou o envase das primeiras doses com a matéria-prima recebida da China. Segundo Maurício Zuma, diretor do Bio-Manguinhos (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz), entre hoje e amanhã 400 mil doses devem ser envasadas.

Essas vacinas, porém, ainda não têm uma autorização da Anvisa para serem aplicadas. Como são produzidas no Brasil, elas precisam de uma nova análise da agência federal.

A previsão da Fiocruz é de que apenas no dia 18 de fevereiro as vacinas serão liberadas para a aprovação da Anvisa. A expectativa é entregar 1 milhão de doses da vacina ao Ministério da Saúde.

*Com informações do Estadão Conteúdo