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GO registra 2 casos da variante britânica em família que viajou no Ano Novo

Na mesma viagem, estava um parente que mora na Inglaterra e tinha acabado de chegar ao Brasil - Dikran Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo
Na mesma viagem, estava um parente que mora na Inglaterra e tinha acabado de chegar ao Brasil Imagem: Dikran Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

13/02/2021 17h12Atualizada em 13/02/2021 17h15

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) anunciou ontem que foram confirmados dois casos da variante britânica do coronavírus — ainda mais transmissível — no estado, ambos de membros da mesma família que viajaram juntos no Ano Novo. Neste passeio, também estava um outro parente que mora na Inglaterra e tinha acabado de chegar ao Brasil, pouco antes de ser diagnosticado com a covid-19.

Os infectados — um homem e uma mulher — são de Valparaíso e Luziânia, respectivamente, cidades no entorno do Distrito Federal. Eles fizeram o exame RT-PCR em 31 de dezembro de 2020, quando receberam resultado positivo.

Em 19 de janeiro de 2021, as amostras dos dois infectados foram encaminhadas pelo Lacen-DF (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal) ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para sequenciamento genômico, que confirmou a infecção pela variante britânica.

Após a investigação, dos casos, segundo a SES-GO, "foi detectada a correlação com um surto familiar notificado pelo Cievs [Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde] nacional que ocorreu durante uma viagem envolvendo mais de 20 pessoas, sendo um viajante internacional vindo do Reino Unido".

Em nota, a secretaria disse ainda que trabalha junto às autoridades sanitárias locais para monitorar e acompanhar os pacientes e novos casos que possam surgir. Entre as ações, estão a avaliação do histórico de viagem, o quadro clínico dos infectados — não divulgado pela SES-GO — e o rastreamento de possíveis contatos.

A mutação foi identificada pelos órgãos de saúde do Reino Unido em 14 de dezembro do ano passado e, desde então, já foi notificada em mais de 60 países. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ela foi responsável por um aumento significativo da transmissibilidade, das hospitalizações e da pressão sobre os sistemas de saúde desde a segunda quinzena de dezembro.

Ainda não há evidências, porém, de que a variante britânica seja mais letal — isto é, capaz de causar mais mortes — que a original.