Pazuello diz que projeto de lei facilitou negociações com Pfizer e Janssen
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje que o projeto votado pela Câmara dos Deputados facilitou as negociações com a Pfizer e Janssen para aquisição de doses de vacinas.
"Já temos contratos alinhados para adquirir a vacina russa Sputnik V. O projeto de lei aprovado ontem pela Câmara facilitou as negociações com Pfizer e Janssen", afirmou ele.
O governo federal chegou hoje a um acordo para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech e também da Janssen contra a covid-19. O anúncio ainda será feito de forma oficial pelo Ministério da Saúde, o que deve acontecer ainda hoje.
Segundo informações da GloboNews, o acordo para compra das doses foi fechado hoje em reunião do ministro Eduardo Pazuello com o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. De acordo com a CNN Brasil, a assessoria do Ministério confirmou a compra. O UOL tentou contato com a pasta, e aguarda o retorno.
O projeto citado por Pazuello refere-se à PL que facilita a aquisição de vacinas ao autorizar União, Estados e municípios a assumir a responsabilidade civil por eventuais eventos adversos decorrentes da imunização contra a covid-19 durante a emergência em saúde pública.
O imunizante da Pfizer é o único a ter registro para uso definitivo no Brasil autorizado pela Anvisa (Agência Nacional e Vigilância Sanitária), mas o governo não havia adquirido até então porque discordava de cláusula que isenta a farmacêutica de responsabilidade em caso de efeitos adversos.
A vacina da Pfizer tem eficácia global de 95% e sua segurança foi atestada pela Anvisa.
Entrega de vacinas
Pazuello garantiu a estabilidade na entrega de vacinas contra a Covid-19 com a previsão da chegada de mais imunizantes até o fim do mês. Em reunião com membros da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta quarta-feira (03/03), Pazuello destacou que as próximas remessas ampliarão ainda mais a imunização em todo o País.
"A partir desta semana, já há uma estabilização da produção nacional, pelo Butantan e pela Fiocruz. Vamos ter entregas em quantidades muito boas. É o tempo de vacinar e chegar mais vacinas. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) está garantido", disse.
Para março, segundo a pasta, estão previstas as entregas de cerca de 4 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, além de mais doses do Instituto Butantan.
Recorde atrás de recorde
Uma semana após atingir 250 mil mortes, o Brasil registrou ontem o maior número de óbitos desde o início da pandemia e a maior média móvel de mortes. Foram 1.726 mortes nas últimas 24 horas. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Pelo quarto dia consecutivo, o país apresentou a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia no Brasil: 1.274. Desde ontem, o país voltou a ter tendência de aceleração na comparação com 14 dias atrás. Hoje a alta foi de 23%.
Até agora, 7,1 milhões de brasileiros foram vacinados contra a covid-19 —o correspondente a 3,36% da população nacional. Nas últimas 24 horas, 335.551 pessoas receberam a primeira dose da vacina. Já a segunda dose foi aplicada em 154.029 brasileiros de ontem para hoje.
No total, 2.166.982 pessoas receberam as duas doses de vacina, conforme recomendado pelos laboratórios que produzem a CoronaVac e a Oxford/AstraZeneca.
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