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Pazuello diz que projeto de lei facilitou negociações com Pfizer e Janssen

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, toma posse em setembro de 2020 - Carolina Antunes/Presidência da República
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, toma posse em setembro de 2020 Imagem: Carolina Antunes/Presidência da República

Do UOL, em São Paulo

03/03/2021 17h31

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou hoje que o projeto votado pela Câmara dos Deputados facilitou as negociações com a Pfizer e Janssen para aquisição de doses de vacinas.

"Já temos contratos alinhados para adquirir a vacina russa Sputnik V. O projeto de lei aprovado ontem pela Câmara facilitou as negociações com Pfizer e Janssen", afirmou ele.

O governo federal chegou hoje a um acordo para a aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech e também da Janssen contra a covid-19. O anúncio ainda será feito de forma oficial pelo Ministério da Saúde, o que deve acontecer ainda hoje.

Segundo informações da GloboNews, o acordo para compra das doses foi fechado hoje em reunião do ministro Eduardo Pazuello com o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. De acordo com a CNN Brasil, a assessoria do Ministério confirmou a compra. O UOL tentou contato com a pasta, e aguarda o retorno.

O projeto citado por Pazuello refere-se à PL que facilita a aquisição de vacinas ao autorizar União, Estados e municípios a assumir a responsabilidade civil por eventuais eventos adversos decorrentes da imunização contra a covid-19 durante a emergência em saúde pública.

O imunizante da Pfizer é o único a ter registro para uso definitivo no Brasil autorizado pela Anvisa (Agência Nacional e Vigilância Sanitária), mas o governo não havia adquirido até então porque discordava de cláusula que isenta a farmacêutica de responsabilidade em caso de efeitos adversos.

A vacina da Pfizer tem eficácia global de 95% e sua segurança foi atestada pela Anvisa.

Entrega de vacinas

Pazuello garantiu a estabilidade na entrega de vacinas contra a Covid-19 com a previsão da chegada de mais imunizantes até o fim do mês. Em reunião com membros da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta quarta-feira (03/03), Pazuello destacou que as próximas remessas ampliarão ainda mais a imunização em todo o País.

"A partir desta semana, já há uma estabilização da produção nacional, pelo Butantan e pela Fiocruz. Vamos ter entregas em quantidades muito boas. É o tempo de vacinar e chegar mais vacinas. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) está garantido", disse.

Para março, segundo a pasta, estão previstas as entregas de cerca de 4 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, além de mais doses do Instituto Butantan.

Recorde atrás de recorde

Uma semana após atingir 250 mil mortes, o Brasil registrou ontem o maior número de óbitos desde o início da pandemia e a maior média móvel de mortes. Foram 1.726 mortes nas últimas 24 horas. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Pelo quarto dia consecutivo, o país apresentou a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia no Brasil: 1.274. Desde ontem, o país voltou a ter tendência de aceleração na comparação com 14 dias atrás. Hoje a alta foi de 23%.

Até agora, 7,1 milhões de brasileiros foram vacinados contra a covid-19 —o correspondente a 3,36% da população nacional. Nas últimas 24 horas, 335.551 pessoas receberam a primeira dose da vacina. Já a segunda dose foi aplicada em 154.029 brasileiros de ontem para hoje.

No total, 2.166.982 pessoas receberam as duas doses de vacina, conforme recomendado pelos laboratórios que produzem a CoronaVac e a Oxford/AstraZeneca.