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Secretária faz apelo contra bloqueios em SP: 'Fase vermelha é necessária'

Patrícia Ellen pediu aos manifestantes que não bloqueiem vias e disse que não há hipótese de o estado de SP não entrar em fase vermelha - ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Patrícia Ellen pediu aos manifestantes que não bloqueiem vias e disse que não há hipótese de o estado de SP não entrar em fase vermelha Imagem: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

05/03/2021 09h04

A secretária estadual do Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, disse hoje que o governo não voltará atrás em sua decisão de colocar todo o estado na fase vermelha do Plano São Paulo a partir deste sábado. Manifestantes interditam a Marginal Tietê no sentido da rodovia Ayrton Senna em protesto contra a medida, que prevê apenas o funcionamento de serviços essenciais.

Em entrevista à TV Globo, a secretária disse que manifestações são bem-vindas e fazem parte da democracia, mas fez um apelo para que não haja bloqueio de vias.

"Não há hipótese de não termos fase vermelha (...) Nós tivemos o maior aumento de internações em leitos de UTI covid desde o início da pandemia. E não é somente de idosos, é de jovens, adultos, todos estão adoecendo e nós não teremos leitos para a população se não fizemos nossa parte", disse.

Peço aos manifestantes que não obstruam ruas. As pessoas precisam chegar aos hospitais, as pessoas precisam ser atendidas. Um minuto está fazendo diferença neste momento. Nós precisamos fazer nossa parte e a fase vermelha é necessária Patrícia Ellen, secretária estadual do Desenvolvimento Econômico de São Paulo

Ellen acrescentou que de ontem para hoje houve um acréscimo de internações em leitos de UTI para pacientes com covid-19 e que o estado está chegando a quase 8 mil leitos ocupados. "Estamos fazendo um esforço hercúleo para acrescentar mais 500 leitos durante estas semanas, mas há um limite de crescimento, de ampliação de leitos. Precisamos reduzir a velocidade de transmissão do vírus, o momento é de muita gravidade."

Ela afirmou ainda que o secretariado dialoga com todos os setores, mas também explica a seriedade do momento. "Não é uma discussão de flexibilização neste momento. Estamos numa operação de guerra pela vida. A discussão é: só podemos operar com o mínimo estritamente necessário para manter as cidades funcionando, para manter os alimentos chegando, o sistema de saúde operando, os serviços essenciais funcionando. São duas semanas de muito esforço coletivo para tentarmos neste momento reduzir a taxa de transmissão do vírus", acrescentou.