Bolsonaro ataca notícias sobre vacinação da mãe: 'Covardia para me atingir'

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou hoje a repercussão sobre a vacinação de sua mãe, Olinda Bunturi Bolsonaro, contra a covid-19. Ele pediu que a imprensa deixe sua mãe "em paz", classificando as notícias sobre o caso como uma tentativa "covarde" de atingi-lo pessoalmente.

"Deixa minha mãe em paz", disse o presidente durante entrevista à CNN Brasil, em mensagem à imprensa. "Respeita a idade dela, uma mulher de 93 anos. Para de fazer covardia para me atingir. Minha mãe está no grupo [prioritário], errado seria se fosse eu ou meus filhos vacinados".

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Dona Olinda Bolsonaro recebeu hoje a segunda dose da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac. De acordo com o cartão de vacinação fornecido pela prefeitura, ela havia recebido a primeira dose em 12 de fevereiro e esperou 24 dias pela última.

A imunização foi feita na casa da mãe do presidente, na cidade de Eldorado, no interior de São Paulo. Os técnicos que visitaram dona Olinda afirmaram que ela estava bem-humorada e que recebeu a todos muito bem, não demonstrando medo ou receio ao esticar o braço para ser vacinada.

Seis dias após dona Olinda receber a primeira dose, em 18 de fevereiro, Bolsonaro disse que a mãe foi imunizada com a vacina da AstraZeneca, desenvolvida junto à Universidade de Oxford e produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), mas que o cartão de vacinação foi rasgado e substituído por outro com a indicação da CoronaVac.

No dia seguinte (19), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) — adversário político de Bolsonaro —, classificou a denúncia como "absurda". O número do comprovante do cartão que acabou vazando indica um lote compatível com a CoronaVac.