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26 cidades da região metropolitana de BH terão toque de recolher

Medidas mais restritivas começam hoje em 26 cidades de Minas Gerais - Getty Images/iStockphoto/Tisomboon
Medidas mais restritivas começam hoje em 26 cidades de Minas Gerais Imagem: Getty Images/iStockphoto/Tisomboon

Daniela Mallmann

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

09/03/2021 17h54Atualizada em 09/03/2021 18h06

Vinte e seis cidades que integram a região metropolitana de Belo Horizonte adotarão a partir de hoje toque de recolher entre 20h e 5h. A população só poderá sair de casa dentro deste horário em caso de atividades relacionadas aos serviços essenciais ou procura médica.

A medida foi definida em reunião realizada ontem entre os integrantes da Granbel (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte). A resolução visa conter a transmissão do novo coronavírus.

Os representantes de Belo Horizonte não compareceram, pois a cidade já vem adotando medidas mais restritivas desde sábado (6). Apenas atividades essenciais estão autorizadas a funcionar na capital, sem previsão para mudanças nos protocolos.

A venda de bebida alcoólica em bares e restaurantes para consumo no local está proibida, assim como a comercialização do produto gelado em supermercados. Eventos públicos ou privados também estão proibidos.

A fase Onda Lilás, como é denominada pela associação, adotou parte das medidas da Onda Roxa, a mais restritiva do Plano Minas Consciente do governo estadual, e é mais rígida que as resoluções da Onda Vermelha, a segunda mais restritiva.

Nas medidas adotadas pelas 26 cidades, foi liberado o funcionamento das atividades econômicas, desde que seja respeitado os protocolos de segurança. Na Onda Roxa, funcionam apenas os serviços essenciais (veja relação no fim da matéria).

Para entrar em vigor, o decreto com todas as restrições deve ser publicado por cada prefeitura. O texto prevê ainda multa para os estabelecimentos que descumprirem as regras e prisão para os moradores que forem reincidentes nas irregularidades.

Maior cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, Contagem ainda não definiu se vai ou não aderir ao toque de recolher, mas fechará as atividades econômicas, mantendo apenas o funcionamento dos serviços essenciais.

"Nós não vamos permitir o funcionamento da atividade econômica em especial dos bares e restaurantes, do comércio e dos salões de beleza, isso porque é muito importante a gente restringir o processo de circulação", afirmou a prefeita da cidade, Marília Campos (PT).

A cidade tem ocupação de 93% dos leitos de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo), segundo dados da secretaria municipal de Saúde. Contagem já contabiliza 20.147 casos e 756 mortes por covid-19, de acordo com a secretaria estadual de Saúde.

Além de Belo Horizonte e Contagem, ainda não aderiram todas as restrições da Onda Lilás: Baldim, Betim, Brumadinho, Itatiaiuçu, Mário Campos e Taquaraçu de Minas.

As cidades que vão aderir a Onda Lilás são

  • Caeté
  • Capim Branco
  • Confins
  • Esmeraldas
  • Florestal
  • Ibirité
  • Igarapé
  • Itaguara
  • Jaboticatubas
  • Juatuba
  • Lagoa Santa
  • Mateus Leme
  • Matozinhos
  • Nova Lima
  • Nova União
  • Pedro Leopoldo
  • Raposos
  • Ribeirão das Neves
  • Rio Acima
  • Rio Manso
  • Sabará
  • Santa Luzia
  • São Joaquim Bicas
  • São José da Lapa
  • Sarzedo
  • Vespasiano

Já na Onda Roxa, determinada pelo governo do estado como alerta máximo, na semana passada, estão 194 municípios mineiros.

Segundo a secretaria estadual de Saúde, nessa fase, que a princípio, tem duração de 15 dias, só será permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos. O deslocamento para qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio da Polícia Militar.

São considerados serviços essenciais

  • Bancos
  • Construção civil
  • Energia, Gás, Petróleo, Combustíveis e derivados;
  • Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais)
  • Lavanderias
  • Manutenção de equipamentos e veículos
  • Setor de alimentos (excluídos bares e restaurantes, que só podem via delivery)
  • Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.)
  • Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias etc.);
  • Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação
  • Transporte Público (deslocamento para atividades essenciais);