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Não vamos falar em lockdown, diz chefe do Centro de Contingência

Paulo Menezes indicou que novas medidas restritivas devem ser anunciadas em breve - Reprodução
Paulo Menezes indicou que novas medidas restritivas devem ser anunciadas em breve Imagem: Reprodução

Douglas Porto, Leonardo Martins, Rafael Bragança e Allan Brito

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

10/03/2021 14h59

Com todo estado na fase vermelha do Plano São Paulo, o coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, disse hoje que provavelmente será necessário aumentar as medidas de restrição de circulação. Mas pediu para que o termo "lockdown" não seja utilizado. Segundo ele, isso cria uma confusão sobre o que está sendo feito em São Paulo.

Eu acho que seria bom se nós parássemos de falar a palavra lockdown, porque ela não quer dizer quais são as medidas tomadas. Prefiro falar de medidas concretas. Hoje temos medidas da fase vermelha, que mantém atividades essenciais e suspende atividades não essenciais.
Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência de São Paulo

De acordo com o coordenador, essas novas medidas restritivas estão sendo discutidas e devem ser anunciadas em breve. O governo marcou uma nova entrevista coletiva para amanhã (11).

"O Centro de Contingência discute isso há semanas e discutimos com o governo a necessidade de novas medidas eventualmente mais restritivas. Estamos trabalhando nisso e, conforme seja necessário, o governador vai anunciar mais medidas, se for o caso", afirmou.

Ele também ressaltou que as medidas em vigor hoje só vão ter consequências daqui a uma ou duas semanas. "Não há resultado imediato", concluiu.

Recorde de mortes e ocupação de leitos

O estado chegou a um novo recorde de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria para a covid-19 —até ontem à noite, 82% dos leitos de terapia intensiva estavam ocupados, com mais de 8.200 pessoas internadas. Na Grande São Paulo, a taxa era de 82,8%.

São Paulo já soma 19 unidades de saúde em colapso, com 100% dos leitos de UTI para a covid ocupados. Até ontem, outros seis hospitais também registravam ocupação acima de 95%.

Ontem, foram registrados 517 óbitos em 24 horas por covid —um recorde no estado, desde o início da pandemia.

Em Taboão da Serra, a Prefeitura afirmou que 11 pacientes morreram à espera de um leito de UTI, após não conseguirem a transferência para outras unidades de saúde do estado.