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Mandetta elogia Biden por acreditar na ciência: "Diferença do negacionismo"

16.mar.2020 - O então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), durante pronunciamento à imprensa - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
16.mar.2020 - O então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), durante pronunciamento à imprensa Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

20/03/2021 16h28Atualizada em 20/03/2021 17h23

Após os Estados Unidos baterem a meta de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19, em apenas 58 dias, o ex-ministro da Saúde no Brasil Luiz Henrique Mandetta elogiou o presidente Joe Biden pela rapidez na aplicação do imunizante em seu país e, embora não tenha citado nomes, comparou ainda a sua atuação com presidente negacionista.

"A diferença entre um presidente negacionista e um que acredita na Ciência", escreveu ele, em tom de ironia, nas redes sociais, ao comentar o andamento da vacinação nos EUA.

O presidente Joe Biden havia prometido vacinar 100 milhões de pessoas nos primeiros 100 dias de seu governo —ele assumiu o governo no dia 20 de janeiro. A meta foi atingida ontem, ou seja, com 42 dias de antecedência. Os Estados Unidos têm vacinado cerca de dois milhões de pessoas por dia, segundo a imprensa local.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido acusado de assumir uma "política negacionista" em relação ao combate à pandemia da covid-19 e na demora na compra por vacinas.

Apesar do alerta de diversas entidades de saúde para a gravidade da doença, o presidente já classificou a covid-19 como uma "gripezinha". Ele também é um dos defensores de um suposto tratamento precoce, com o uso de remédios como a cloroquina e a azitromicina, contra a infecção pelo coronavírus. No entanto, não há evidências científicas de que esses medicamentos sejam eficazes na prevenção ou no tratamento da doença.

Luiz Henrique Mandetta, que estava no cargo desde o início do governo Bolsonaro, deixou o ministério da Saúde no dia 16 de abril do ano passado, colocando fim a uma gestão marcada pelo embate com o presidente sobre o combate covid-19.

A defesa do ex-ministro para que o país seguisse as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para brecar a proliferação da doença no país gerou atrito com Bolsonaro, que é a favor da tese de que a economia não pode parar e que apenas uma parcela da população deveria ficar em isolamento.

O apoio público do presidente para o uso da cloroquina também foi outro motivo de discordância entre os dois.