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Ministério da Saúde pede à Anvisa importação de 20 mi de doses da Covaxin

Profissional de saúde prepara dose da Covaxin, vacina contra a covid-19, para aplicar no centro de vacinação em Nova Délhi, na Índia  - Adnan Abidi/Reuters
Profissional de saúde prepara dose da Covaxin, vacina contra a covid-19, para aplicar no centro de vacinação em Nova Délhi, na Índia Imagem: Adnan Abidi/Reuters

Colaboração para o UOL, no Rio

24/03/2021 08h26Atualizada em 24/03/2021 13h27

O Ministério da Saúde pediu ontem à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a importação e o uso emergencial de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina que é fabricada na Índia. O imunizante, chamado de BBV152, é produzido no país asiático, onde tem autorização para uso emergencial, e tem 81% de eficácia na prevenção contra o novo coronavírus.

A Anvisa, no entanto, informou que a documentação apresentada pelo Ministério da Saúde está incompleta, mesmo após a pasta responder a um ofício da agência. Segundo a agência, falta apresentar o relatório técnico da avaliação da vacina emitido ou publicado pela autoridade sanitária indiana, os certificados de liberação dos lotes a serem importados e o licenciamento de importação.

A agência reforça que para liberar a importação e a distribuição de medicamentos e vacinas contra a covid-19 no país é preciso que seja comprovado que o produto atende aos padrões de qualidade, de eficácia e de segurança estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), pelo ICH (Comitê Gestor do Conselho Internacional de Harmonização de Requisitos Técnicos para Registro de Medicamentos de Uso Humano) ou pelo PIC/s (Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica).

A agência disse que essa comprovação ainda não foi apresentada até o momento e o prazo de sete dias para autorizar o uso da medicação fica suspenso até o envio das informações solicitadas.

Vacinas em uso no Brasil

Até o momento, o Brasil só distribuiu à população a CoronaVac, feita no país em parceria com o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, e a Covishield, desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a Universidade de Oxford e o laboratório inglês AstraZeneca, que já garantiu o uso definitivo para a aplicação por aqui.

A vacina da Pfizer também tem o registro definitivo da Anvisa, mas ainda não foi disponibilizada pelo Ministério da Saúde. A pasta só assinou contrato prevendo a compra de 100 milhões de doses do imunizante feito pela farmacêutica norte-americana na última semana.