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Após determinar máscaras no Ministério, Queiroga critica uso obrigatório

Ministro da Saúde disse que é contra multas para quem não usa máscara. Lei sancionada por Bolsonaro em julho de 2020 já prevê sanções - Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
Ministro da Saúde disse que é contra multas para quem não usa máscara. Lei sancionada por Bolsonaro em julho de 2020 já prevê sanções Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo*

27/03/2021 16h47

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que é contra leis que obriguem o uso da máscara, apesar de ser a favor do item de proteção para prevenir a propagação do coronavírus. A afirmação contradiz a atitude que o próprio chefe da pasta tomou ontem, ao determinar o uso de máscaras dentro do Ministério da Saúde, em Brasília.

A opinião de Queiroga também vai de encontro com a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda em julho do ano passado, que determina justamente o uso obrigatório da máscara em locais públicos como forma de combate à covid-19. A obrigatoriedade do item de proteção foi vetada por Bolsonaro apenas em estabelecimentos comerciais, industriais e de ensino, templos religiosos e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.

"Não é com lei, obrigando as pessoas a usar máscaras e multando as pessoas na rua que vamos resolver esse problema, é uma questão de conscientização. Cada um tem que saber seu papel", afirmou Queiroga em vídeo publicado nas redes sociais.

A multa que pode ser aplicada a pessoas que não utilizem a máscara em público também está prevista na lei sancionada por Bolsonaro, ficando apenas o valor a cargo de estados e municípios.

No vídeo, Queiroga diz que estava trabalhando hoje no Ministério e voltou a comparar o uso de máscaras com as vacinas contra a covid-19, assim como já tinha feito ontem.

"Além da questão das vacinas, é muito importante orientar acerca do uso das máscaras. As máscaras ajudam a bloquear a circulação do vírus. Se todos usassem máscara, o efeito seria semelhante ao de vacinar a população do nosso país", disse o ministro.

Apesar do discurso ambíguo sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras, Queiroga chegou a recomendar o item de proteção para as celebrações da Páscoa, que começam com o feriado da próxima sexta-feira (2). O novo ministro pediu para as pessoas usarem máscaras mesmo em reuniões familiares, além de respeitarem o distanciamento social.

*Com informações do Estadão Conteúdo