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Covid: Após pior semana, Brasil tem 331 mil mortos e quase 13 mi infectados

Do UOL, em São Paulo

04/04/2021 18h19Atualizada em 04/04/2021 21h21

Depois de passar pela pior semana desde o início da pandemia, o Brasil ultrapassou 331.000 mortos e se aproxima dos 13 milhões de infectados por covid-19 neste domingo (4). Com 1.233 óbitos registrados nas últimas 24h, o país apresenta uma média de 2.747 mortes nos últimos sete dias. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Os dados representam uma baixa em relação aos dias anteriores, o que já é esperado. Há uma queda histórica do registro de casos e mortes durante finais de semana e feriados por conta do esquema de plantão nas secretarias. Mesmo assim, o país atingiu 331.530 mortos e 12.983.560 infectados pela doença.

Na última semana, antes do feriado, o país registrou seguidamente altas históricas nos números de óbitos, chegando ter, em média, mais de 3 mil pessoas mortas por dia num intervalo de 7 dias.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que acompanha a evolução da pandemia, só os Estados Unidos, com quase 555.000 mortos, tive mais óbitos por covid que o Brasil. Apenas em 2021, mais brasileiros morreram por conta da infecção do que o número de vítimas no Reino Unido em toda a pandemia.

Nas últimas 24 horas, foram registrados 30.939 novos casos de covid-19. Os dados não indicam quando as mortes e a confirmação dos casos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases de dados dos estados.

A pandemia nos estados

Três regiões do país apresentam números em aceleração: Centro-Oeste (21%), Nordeste (16%) e Sudeste (54%), enquanto Norte (-11%) se manteve estável e Sul (-16%) apresentou queda. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 20% na variação de 14 dias.

São 13 estados e o DF com alta nos registros, enquanto nove apresentam estabilidade e outros quatro estão em queda. Neste domingo, só São Paulo (120) e Minas Gerais (270) registraram mais de cem mortes em 24h.

Dados da Saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 1.240 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 331.433 óbitos provocados pela doença.

Apesar da queda em relação aos últimos dois dias, o país segue apresentando mais de 1.000 mortes diárias. Esta semana tem sido recorde: o pior dia, com 3.869 óbitos, foi verificado na última quarta (31), já a terça-feira (30) apresentou a segunda marca mais alta (3.780).

De ontem para hoje, pelos números da pasta, 31.359 casos confirmados de covid-19 no país. O total de infectados subiu para 12.984.956 desde março de 2020, dos quais 11.357.521 pessoas se recuperaram, com outras 1.296.002 ainda estão em acompanhamento.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (67%)
  • Minas Gerais: aceleração (44%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (85%)
  • São Paulo: aceleração (49%)

Região Norte

  • Acre: estável (-8%)
  • Amazonas: queda (-51%)
  • Amapá: aceleração (37%)
  • Pará: estabilidade (3%)
  • Rondônia: estabilidade (-8%)
  • Roraima: estabilidade (-13%)
  • Tocantins: estabilidade (7%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (8%)
  • Bahia: estabilidade (-15%)
  • Ceará: aceleração (60%)
  • Maranhão: aceleração (33%)
  • Paraíba:aceleração (28%)
  • Pernambuco: aceleração (29%)
  • Piauí: aceleração (34%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (-6%)
  • Sergipe: estabilidade (3%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (80%)
  • Goiás: estável (-16%)
  • Mato Grosso: aceleração (31%)
  • Mato Grosso do Sul: aceleração (58%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-17%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-18%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-11%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.