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Brasil registra 3.647 mortes em 24 h e média móvel próxima de 3 mil óbitos

Ana Caratchuk, Douglas Porto, Sara Baptista e Ricardo Espina*

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

09/04/2021 18h56Atualizada em 09/04/2021 22h54

Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.938 pessoas em decorrência da covid-19 no país. Este é o 79º dia consecutivo em que o índice fica acima de mil, no momento que já é considerado o pior de toda a pandemia no país. Isso se confirma pela variação na média de 14 dias atrás, que hoje é de 15%, indicando que a curva de óbitos segue em ascensão.

Em um intervalo de 24 horas, foram registradas 3.647 mortes por covid-19. O Brasil se aproxima, assim, dos 350 mil óbitos pela doença, totalizando até o dia de hoje 348.934. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, que apura os números com as secretarias estaduais de Saúde.

Novos 89.090 diagnósticos foram confirmados hoje, elevando o total de infectados em toda a pandemia para 13.375.414. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Em 9 dias, o dobro das mortes de março

Com isso, o país chegou a 27.048 óbitos nos nove primeiros dias do mês de abril. O número é quase o dobro do que foi registrado no período em março, quando houve 13.550 vidas perdidas no mesmo período. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, que apura os números com as secretarias estaduais de Saúde.

É importante lembrar que o mês passado foi o pior de toda a pandemia, quando foram registradas 66.868 mortes, mas o crescimento ocorreu após o dia 9.

Antes de março, o país jamais havia passado das 10 mil mortes nos nove primeiros dias do mês. Em julho do ano passado, quando houve o pico da primeira onda, o Brasil teve 9.598 óbitos neste mesmo período.

A pandemia nos estados

O Brasil registrou hoje 3.647 mortes por covid-19. Com isso, o país se aproxima dos 350 mil óbitos pela doença, totalizando 349.934. O dia mais mortal desde o início da pandemia foi terça-feira (6), quando o Brasil teve 4.211 óbitos. A média móvel de mortes dos últimos 7 dias foi de 2.938. Este é o 79º dia consecutivo em que a média móvel fica acima de mil.

Três regiões do país apresentam números em estabilidade: Nordeste (0%), Sudeste (7%) e Sul (-5%). Norte (34%) e Centro-Oeste (21%) estão em aceleração. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 15% na variação de 14 dias.

São doze estados e o DF com alta nos registros, enquanto oito apresentam estabilidade e outros seis estão em queda.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (40%)
  • Minas Gerais: aceleração (27%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (80%)
  • São Paulo: aceleração (20%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (2%)
  • Amazonas: estabilidade (9%)
  • Amapá: aceleração (37%)
  • Pará: estabilidade (-1%)
  • Rondônia: queda (-19%)
  • Roraima: estabilidade (5%)
  • Tocantins: queda (-17%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (5%)
  • Bahia: queda (-16%)
  • Ceará: aceleração (39%)
  • Maranhão: aceleração (36%)
  • Paraíba: estabilidade (0%)
  • Pernambuco: aceleração (16%)
  • Piauí: aceleração (29%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-16%)
  • Sergipe: estabilidade (10%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (26%)
  • Goiás: estabilidade (14%)
  • Mato Grosso: aceleração (19%)
  • Mato Grosso do Sul: aceleração (41%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (26%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-17%)
  • Santa Catarina: queda (-21%)

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24h: 4.211 (6/4)
  • Maior média móvel de óbitos: 3.119 (1/4)
  • Maior período com média acima de mil: 79 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 19.603 (de 28/3 a 3/4)

As 40 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 40 dias. As dez mais altas são as seguintes:

  • 1 de abril - 3.119
  • 2 de abril - 3.006
  • 31 de março - 2.971
  • 9 de abril - 2.938
  • 8 de abril - 2.818
  • 3 de abril - 2.800
  • 6 de abril - 2.775
  • 4 de abril - 2.747
  • 7 de abril - 2.744
  • 30 de março - 2.728

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos 10 dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 6 de abril - 4.211
  • 8 de abril - 4.190
  • 31 de março - 3.950
  • 7 de abril - 3.733
  • 1 de abril - 3.673

Oito estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 2.838:

  • São Paulo - 1.008
  • Minas Gerais - 455
  • Rio de Janeiro - 381
  • Paraná - 311
  • Rio Grande do Sul - 241
  • Ceará - 212
  • Santa Catarina - 115
  • Bahia - 115

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (9) que o Brasil registrou 3.693 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 348.718 óbitos provocados pela doença em todo o país.

De ontem para hoje, pelos dados do ministério, houve 93.317 testes positivos para o novo coronavírus. Esta é a segunda maior marca em toda a pandemia, atrás apenas da verificada em 25 de março (100.158). O total de infectados chegou a 13.373.174 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, 11.791.885 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.232.571 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

* Colaborou Fernando Narazaki, do UOL, em São Paulo