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Com igreja e comércio abertos, SP terá fase de transição; veja o que muda

Lucas Borges Teixeira, Rafael Bragança e Letícia Lázaro

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL

16/04/2021 07h44Atualizada em 16/04/2021 14h31

O estado de São Paulo terá a partir de domingo (18) uma fase de transição do Plano São Paulo, que tem regras tanto da atual fase vermelha como da fase laranja. A flexibilização das medidas restritivas de controle da pandemia de covid-19 prevê a reabertura do comércio e a liberação da realização de missas e cultos religiosos.

O vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) também antecipou durante entrevista coletiva que a fase de transição terá uma nova etapa a partir do dia 24, com a reabertura de restaurantes, salões de beleza e academias. O funcionamento de bares segue proibido, mesmo com oferecimento de comida. Para todas as flexibilizações, vale a ocupação máxima de 25% dos estabelecimentos.

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Planejamento do governo paulista para a fase de transição do Plano São Paulo
Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Do próximo domingo até o dia 23, o comércio pode funcionar das 11h às 19h, e as atividades religiosas têm que seguir protocolos de segurança.

A partir do dia 24, restaurantes, salões de beleza e atividades culturais também podem funcionar das 11h às 19h. Já as academias têm horários específicos, das 7h às 11h e das 15h às 19h.

O governo afirma que vai acompanhar a retomada das atividades e que precisa da colaboração da população, para que as regras sejam respeitadas. A avaliação e uma possível atualização do Plano São Paulo devem ser divulgadas em 30 de abril.

Importante a gente frisar que o que estamos fazendo no meio de uma pandemia, que é uma guerra sanitária, é avaliar a situação de hoje, prever a situação dos próximos dias, e procurar com muita segurança, se é que é possível, dar passos adiante.
Rodrigo Garcia (DEM), vice-governador

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Novas medidas anunciadas pelo governo paulista para a fase de transição do Plano SP
Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, as medidas foram discutidas com representantes do setor de comércio e serviços, e o governador João Doria (PSDB) participou das negociações.

Tudo isso foi feito com diálogo com setores. E o pedido deles no geral foi: precisamos retomar nossas atividades, precisamos de um voto de confiança e faremos com total responsabilidade.
Patricia Ellen, secretária paulista de Desenvolvimento Econômico

O que muda na fase de transição

Com a atualização do Plano São Paulo, as seguintes medidas começam a valer a partir de domingo (18):

  • o comércio pode funcionar das 11h às 19h, mas com limite de 25% de ocupação do local;
  • missas e cultos podem ser realizados presencialmente, mas respeitando protocolos sanitários.

A partir de 24 de abril até o dia 30, serão liberadas as seguintes atividades:

  • restaurantes e similares;
  • salões de beleza e barbearias;
  • parques, ainda sem horário informado;
  • atividades culturais, as três das 11h às 19h e com limite de 25% da ocupação;
  • e academias das 7h às 11h e das 15h às 19h, também com ocupação de 25%.

As seguintes medidas da fase vermelha foram mantidas:

  • a recomendação do teletrabalho;
  • a recomendação do escalonamento de horários alternados para a entrada de funcionários dos setores de serviços, do comércio e da indústria;
  • o toque de recolher das 20h às 5h.

Desde a última segunda-feira (12), as seguintes medidas estão valendo:

  • a reabertura das lojas de material de construção;
  • a retirada de pedidos de comida diretamente em restaurantes e lojas -- o chamado "take away".

Plano São Paulo modificado

Essa não é a primeira vez que o governo muda as regras do Plano São Paulo, de controle dos números covid-19 e retomada econômica. Quando foi lançado, no ano passado, o objetivo era acompanhar indicadores como ocupação dos leitos e números de casos, para avaliar se era possível retomar atividades e a circulação de pessoas.

Para isso, foram criadas cinco fases —que iam da vermelha (a mais restritiva, em que apenas os serviços essenciais devem funcionar) até a azul (de maior controle da pandemia).

No mês passado, a equipe de Doria criou a "fase emergencial", com mais restrições do que a vermelha. Uma delas era uma espécie de toque de recolher, para conter aglomerações das 20h às 5h. Agora, é a vez da "fase de transição" entre as cores vermelha e laranja, ainda que os indicadores epidemiológicos permaneçam altos.

"A ideia de criar essa fase intermediária, com retrações maiores que a fase laranja, é para que a gente acompanhe os números e daqui a 15 dias a gente tenha uma segurança maior de estabelecer as métricas do Plano São Paulo", disse o vice-governador Rodrigo Garcia. Doria não participou do anúncio hoje.

Optou-se por fazer essa fase de transição, em que todo o estado continua com uma uniformidade de recomendações, o que facilita o controle, facilita que as pessoas não saiam de uma região para buscar outro serviço que está fechado, para outro serviço que está aberto em outra região.
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência