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Governo anuncia mais 2 milhões de doses de vacinas da Covax para maio

28.abr.2021 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala à imprensa após a 3ª Reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 - Reprodução/TV Brasil/CNN
28.abr.2021 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala à imprensa após a 3ª Reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 Imagem: Reprodução/TV Brasil/CNN

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

28/04/2021 11h34Atualizada em 28/04/2021 13h13

Após não conseguir a quantidade esperada de vacinas contra a covid-19 por meio do consórcio Covax Facility em abril, o governo federal anunciou hoje que a iniciativa vai entregar, em maio, mais 2 milhões de doses. Inicialmente, o quantitativo estava previsto para junho, segundo a pasta.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, já havia a previsão de que o Brasil recebesse 2 milhões de doses em maio. Portanto, o novo total advindo da Covax Facility é de 4 milhões de doses no próximo mês, prevê.

A ação do consórcio, co-liderado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), acontece após conversas com o governo federal e apelos de parlamentares brasileiros.

Em reuniões, a OMS chegou a dizer que tentaria estabelecer um cronograma pelo qual 4 milhões de doses seriam enviadas em abril e outras 4 milhões em maio. O Brasil recebeu apenas cerca de 1 milhão de doses da Covax em março.

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que inicialmente se recusou a fazer parte da aliança de vacinas, encomendou 42 milhões de doses do consórcio. A OMS chegou a falar de uma entrega que poderia variar entre 10 milhões e 14 milhões de doses até junho e o restante no segundo semestre.

A escassez global e a crise da covid-19 na Índia são apontados como fatores que dificultam a implementação da iniciativa.

1 milhão de doses da Pfizer chegam amanhã

Após reunião do comitê federal de enfrentamento à covid-19, no Palácio do Planalto, o ministério ainda confirmou que 1 milhão de doses da vacina da Pfizer contra a doença chegarão amanhã.

A expectativa é que o avião aterrisse no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Essa é a primeira remessa das 100 milhões de doses contratadas pelo governo brasileiro com o laboratório.

Cruz informou que a pasta está fazendo um novo pregão para aquisição imediata de medicamentos sem registro de preços. A compra pode ser feita tanto na indústria nacional quanto na internacional, disse. Além disso, há negociações com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) para a chegada de mais insumos em maio.

Ministro pede apoio a máscaras, distanciamento e vacinação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou a necessidade do uso de máscaras e do distanciamento social junto à adesão à vacinação por parte dos brasileiros.

"Não adianta ficar esperando só pelo governo federal, governo estadual e governo municipal. Todos nós temos que nos comprometer com essa iniciativa", afirmou.

Segundo o ministro, a pasta vai lançar em breve um programa de testagem para tentar identificar casos positivos com maior rapidez e estabelecer uma política melhor de quarentena. Ele disse que o ministério percebe uma queda nos diagnósticos da covid-19, mas reforçou que "ainda estamos em momento de muita seriedade da pandemia".

Regularização da 2ª dose da CoronaVac

Queiroga também afirmou esperar que haja uma quantidade suficiente da vacina CoronaVac, contra a covid-19, já na semana que vem para que a aplicação da segunda dose do imunizante seja regularizada no país.

"O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica que os pacientes, assim que chegar a vacina CoronaVac, podem fazer essa segunda dose. Nós esperamos que na semana que vem sejam distribuídas doses de CoronaVac suficientes para que haja uma regularização nacional dessa segunda dose", afirmou.

Há estados sofrendo com a falta de entrega da CoronaVac. Dessa forma, não conseguem promover a aplicação da segunda dose em quem já tomou a primeira na data prevista.

Segundo o ministro, o Instituto Butantan não conseguiu entregar todas as doses previstas por causa da dificuldade em se conseguir o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) vindo da China. Ele eximiu o Butantan da responsabilidade pelo atraso e elogiou a instituição, afirmando que a situação se deu devido aos "trâmites da chegada desse IFA ao Brasil".