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Butantan entrega mais 420 mil doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde

A nova remessa integra o primeiro contrato firmado com o governo federal que prevê o fornecimento de 46 milhões de doses - Divulgação/Instituto Butantan
A nova remessa integra o primeiro contrato firmado com o governo federal que prevê o fornecimento de 46 milhões de doses Imagem: Divulgação/Instituto Butantan

Do UOL, em São Paulo

30/04/2021 10h19Atualizada em 30/04/2021 10h46

O Instituto Butantan entregou hoje mais 420 mil doses da CoronaVac para o PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde. Outras 180 mil doses do imunizante foram enviadas no dia 22 de abril, totalizando 600 mil doses. A nova remessa integra o primeiro contrato firmado entre o instituto e o governo federal que prevê o fornecimento de 46 milhões de doses.

Ao UOL o Butantan informou que serão enviadas mais 1 milhão de doses na próxima quarta-feira (5) para o Ministério da Saúde, que é responsável pelo planejamento, coordenação e logística de distribuição do imunizante em todo o território nacional.

O instituto recebeu no dia 19 de abril uma nova remessa de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), com 3 mil litros de matéria-prima para produzir novas doses da vacina contra a covid-19. Os insumos já foram processados e integram a remessa de hoje.

São Paulo já entregou 42,05 milhões de vacinas do Butantan ao PNI. Somente em abril, foram 5,8 milhões. Em março, O Butantan distribuiu 22,7 milhões de doses, além de 4,85 milhões em fevereiro e outras 8,7 milhões na segunda quinzena de janeiro.

"O Butantan ainda trabalha para entregar mais 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até o dia 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades contratadas até agora para a campanha contra a covid-19", informou em nota.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) compartilhou nas redes sociais as imagens do caminhão que irá entregar as doses ao Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde. O veículo seguiu para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Entregas da vacina ao Ministério da Saúde:

  • 17 de janeiro - 6 milhões
  • 22 de janeiro - 900 mil
  • 29 de janeiro - 1,8 milhão
  • 5 de fevereiro - 1,1 milhão
  • 23 de fevereiro - 1,2 milhão
  • 24 de fevereiro - 900 mil
  • 25 de fevereiro - 453 mil
  • 26 de fevereiro - 600 mil
  • 28 de fevereiro - 600 mil
  • 3 de março - 900 mil
  • 8 de março - 1,7 milhão
  • 10 de março - 1,2 milhão
  • 15 de março - 3,3 milhões
  • 17 de março - 2 milhões
  • 19 de março - 2 milhões
  • 22 de março - 1 milhão
  • 24 de março - 2,2 milhões
  • 29 de março - 5 milhões
  • 31 de março - 3,4 milhões
  • 05 de abril - 1 milhão
  • 07 de abril - 1 milhão
  • 12 de abril - 1,5 milhão
  • 14 de abril - 1 milhão
  • 19 de abril - 700 mil
  • 22 de abril - 180 mil
  • 30 de abril - 420 mil

Novo imunizante 100% nacional

O Instituto Butantan iniciou a produção das primeiras doses da ButanVac, imunizante que deve ter produção 100% nacional, sem a necessidade de importação de matéria-prima.

Agora o instituto aguarda o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os testes clínicos em humanos.

Segundo Dimas Covas, presidente do Butantan, 18 milhões de doses estarão prontas para uso na primeira quinzena de junho, mediante a autorização da Anvisa.

Será utilizada a técnica de obtenção do IFA assim como é feito para a vacina da gripe, a partir do cultivo de cepas do vírus em ovos de galinha.

Doses esquecidas em São Paulo

O governador João Doria acusou o Ministério da Saúde de ter esquecido ao menos 100 mil doses da CoronaVac em um depósito do estado de São Paulo. Em resposta, o governo federal disse que as vacinas ficaram guardadas de forma proposital.

O embate público sobre as vacinas diz respeito a um lote com 104 mil doses do imunizante que ficou em um galpão localizado no Aeroporto Internacional de Guarulhos entre os dias 22 e 28 de abril.

"Inacreditável. 100 mil doses da vacina do Butantan esquecidas pelo Ministério da Saúde em centro de distribuição em São Paulo. O povo precisando de vacinas e o governo federal esquece vacinas em depósito. Vergonhoso", criticou Doria, em seu Twitter, sem apresentar provas.