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Coordenadora do PNI vê mudança de postura da Saúde: 'Cronogramas reais'

Carla Domingues, coordenadora do PNI, diz ver a mudança de postura da Saúde como positiva - Reprodução/TV Cultura
Carla Domingues, coordenadora do PNI, diz ver a mudança de postura da Saúde como positiva Imagem: Reprodução/TV Cultura

Do UOL, em São Paulo

30/04/2021 15h20

A epidemiologista e coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunização), Carla Domingues, disse hoje que vê a mudança de postura no Ministério da Saúde, sob o comando do médico Marcelo Queiroga desde o mês passado, como "positiva" e destacou que a pasta agora lida com "cronogramas reais" de vacinação contra a covid-19 no país.

"Vejo como positivo uma mudança de postura no Ministério da Saúde. Colocou-se [anteriormente] no cronograma vacinas que sequer tinham autorização da Anvisa ou contratos assinados. Agora se está trabalhando com cronogramas reais daquilo que efetivamente vai ser entregue e não com aquilo que era uma previsão como antes. Isso dava uma frustação muito grande com uma entrega que não chegava", afirmou a coordenadora à GloboNews.

Domingues afirmou que se comparar o início da campanha de imunização com os dados de agora é possível notar que o país "evoluiu". No entanto, ela destacou que há desabastecimento de 2ª dose da vacina contra a covid-19 em razão de uma "desorganização" dos municípios, além do atraso nas entregas dos imunizantes. Hoje, por exemplo, o município de Niterói, no Rio de Janeiro, suspendeu a imunização da 2ª dose de CoronaVac por falta da vacina.

"Nós estamos vendo cidades com o desabastecimento da segunda dose. Ainda há uma desorganização de cada município decidindo fazer [sozinho] a escolha do público-alvo a ser vacinado, não seguindo o PNI, mas eu espero que a gente consiga [reverter essa questão] com as novas entregas [de vacinas]."

Para a coordenadora do PNI, é importante ter regularidade nas entregas e, com o aumento no número de vacinas, aumentará consideravelmente o número de imunizados em um curto espaço de tempo, sendo possível vacinar até mais de dois milhões de pessoas por dia no território nacional, como apontado pelo ministro Queiroga no mês passado.

Apesar da expectativa do ministro, Domingues declarou que "não é possível determinar quando vai ser esse marco de vacinar 2,4 milhões de brasileiros por dia pois ainda não temos condições de fazer essa avaliação".