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Secretário de saúde alerta para 'eventual cenário de 3ª onda' em São Paulo

Edson Aparecido, secretário de Saúde do município de São Paulo - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
Edson Aparecido, secretário de Saúde do município de São Paulo Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Colaboração para o UOL

03/05/2021 11h52Atualizada em 03/05/2021 12h02

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, acredita ser possível haver uma terceira onda da covid-19, mesmo com a campanha de imunização em curso.

Em entrevista à Jovem Pan, Aparecido disse que crença está atrelada ao que se viu em países da Europa e Ásia, que enfrentam a pandemia há mais tempo.

Sempre procuramos olhar os países em que o processo da pandemia é mais antigo. Na Ásia e na Europa, acompanhamos a 1ª e a 2ª onda. Aqui teve da mesma forma e com o agravante da variante P1, de Manaus, que é mais letal. E agora, olhando para esses países, é possível perceber um enfrentamento da 3ª onda. Não há menor sombra de dúvida de que esse cenário pode se repetir. Por isso alertamos da necessidade de seguirem as medidas sanitárias de não se aglomerar, usar corretamente a máscara. Estamos nos preparando para um eventual cenário de 3ª onda", disse.

Dados do último boletim epidemiológico, divulgado ontem pela prefeitura, mostram que a capital tem 1.052.190 casos confirmados da doença, sendo 27.449 óbitos.

Hoje, a pasta anunciou a abertura de 40 leitos de UTI destinados exclusivamente ao tratamento de pacientes com coronavírus no Hospital Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, na região do Jabaquara.

Segundo Aparecido, apesar das ocupações na terapia intensiva e enfermaria estarem em 80%, as taxas ainda são altas.

"Nesse fim de semana tivemos uma movimentação grande de pessoas e isso impacta na transmissibilidade. Estamos nos preparando para situações que podem indicar agravamento, mas tudo tem limite. A cada pico os leitos se esgotam rapidamente", admitiu.

Ao contrário dos hospitais de campanha, toda infraestrutura montada vai ficar de legado à cidade depois da pandemia. No ano passado, dez hospitais municipais foram abertos na capital paulista.

De acordo com o secretário, essas unidades devem ser referenciadas para atender melhor à população: o da Bela Vista será especialista na população de rua, de Santo Amaro, em pretos e pardos; da Mooca, em idosos, etc.