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SP começará a vacinar pessoas com comorbidades, com deficiência e grávidas

Beatriz Gomes, Lucas Borges Teixeira e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo

05/05/2021 04h01Atualizada em 05/05/2021 21h16

O governo de São Paulo anunciou que começará a vacinar contra a covid-19, na semana que vem, pessoas de 55 a 59 anos com comorbidades relacionadas à doença e com deficiência da mesma faixa etária. Também fazem parte deste grupo grávidas e puérperas acima de 18 anos com comorbidades.

As pessoas com deficiência permanente de 55 a 59 anos começam a ser vacinadas na próxima terça-feira (11). Serão vacinadas pessoas cadastradas no BPC (Benefício de Prestação Continuada). É preciso apresentar comprovante de recebimento do benefício. (veja os critérios na imagem abaixo)

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Critérios para a vacinação contra a covid-19 de grávidas, puérperas, pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência
Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Também na terça que vem, serão vacinadas grávidas e puérperas com comorbidades acima de 18 anos, em qualquer período gestacional, e com 45 dias após o parto. As mulheres devem apresentar comprovante da gestação com carteiras de acompanhamento, pré-natal ou laudo médico. Para puérperas, será preciso levar declaração de nascimento da criança.

As comorbidades para ambas têm que ser comprovadas por exames, receitas ou prescrições médicas.

Um dia depois, na quarta (12), será iniciada a imunização de pessoas com comorbidades entre 55 e 59 anos. O comprovante da condição de risco também pode ser um exame, receita, relatório ou prescrição médica. A gestão do governador João Doria (PSDB) afirma que cadastros já existentes em UBSs (Unidade Básica de Saúde) também serão utilizados para comprovar a condição.

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Cronograma atualizado da vacinação contra a covid-19 em São Paulo
Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Sobre as comorbidades, o governo paulista disse que usará a lista elaborada pelo Ministério da Saúde, que tem 22 itens, entre doenças cardíacas, diabetes, pneumonias graves, hipertensão, doença renal crônica e obesidade mórbida. (veja na lista abaixo)

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Lista de comorbidades relacionadas à covid-19 definidas pelo Ministério da Saúde
Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Apesar das datas anunciadas hoje por Doria durante entrevista coletiva sobre a pandemia, realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, as cidades têm autonomia para definirem seus próprios calendários de vacinação. A tendência na capital, por exemplo, tem sido de acompanhar o cronograma estadual, que amanhã prevê o início da imunização para idosos entre 60 e 62 anos.

Por enquanto não há previsão de início da vacinação da população adulta, de 59 anos para baixo, sem comorbidades ou deficiência permanente.

Grávida deve consultar seu médico

Coordenadora-geral do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula detalhou hoje as próximas etapas previstas da vacinação em São Paulo, e fez uma ressalva para as gestantes. Regiane alertou que as grávidas devem conversar antes com o médico que as acompanha para considerar a necessidade de tomar a vacina contra a covid-19.

É muito importante que essa gestante faça uma conversa com o seu médico obstetra para que ele realmente garanta que possa tomar essa vacina, mas já está colocado e será vacinado toda gestante com comorbidade.
Regiane de Paula, coordenadora-geral do Programa Estadual de Imunização

Ela também explicou melhor como funcionarão os cadastros de tratamento de pessoas com comorbidades já ativos em UBSs.

"Cadastros já existentes nas unidades básicas poderão ser utilizados. O que isso significa na prática? Eu estou em uma unidade básica, faço acompanhamento, por exemplo, de uma diabetes mellitus ou de hipertensão naquela UBS, então eu tenho já um cadastro, um histórico do que eu vivi, tenho passado por aquela unidade e isso é suficiente para que eu possa ser vacinado", disse Regiane.

4,1 milhões de doses da CoronaVac

Diante da escassez de doses da CoronaVac, que continua afetando principalmente a aplicação da dose de reforço do imunizante pelo país, o Instituto Butantan confirmou hoje que tem uma previsão de entrega de 4,1 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde na próxima semana. Além disso, a instituição ligada ao governo paulista já entregará amanhã mais 1 milhão de doses.

Segundo Cintia Lucci, diretora de projetos estratégicos do Butantan, a semana que vem terá entregas em três datas para o governo federal. Ela também falou sobre a expectativa de chegada de mais insumos vindos da China para a sequência de produção da CoronaVac.

"A nossa expectativa é que o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] chegue aqui no Brasil até o dia 15 [de maio]. Esse é o planejado para que não haja atraso nenhum nas entregas na segunda parte do mês de maio", afirmou.