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Vamos complementar a 2ª dose da CoronaVac, diz secretário de saúde de SP

Do UOL, em São Paulo

14/05/2021 08h59Atualizada em 14/05/2021 10h31

O secretário de saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou hoje que a 2ª dose da CoronaVac está garantida para aqueles que iniciaram a imunização contra a covid-19. O Instituto Butantan entregou hoje o último lote de vacinas antes de paralisar totalmente a produção enquanto aguarda a chegada de insumos da China.

"Temos possibilidade de complementar a 2ª dose para quem não recebeu, o que não faremos é avançar [com a campanha de vacinação aplicando a CoronaVac]", afirmou Gorinchteyn ao UOL News. "Não estamos considerando a 1ª dose como CoronaVac, por isso estamos dando AstraZeneca, Pfizer... Para que possamos evoluir."

Nessa semana, segundo o secretário, o Instituto Butantan entregou 4,1 milhões de doses para o PNI (Plano Nacional de Imunização). Destas, 23% ficam em São Paulo e serão destinadas à aplicação da 2ª dose.

Até o momento, não se sabe quando o Butantan voltará a fabricar a CoronaVac, segundo o presidente do instituto, Dimas Covas. O laboratório Sinovac Biotech aguarda o aval do governo da China e ainda não deu previsão ao governo de São Paulo de quando o novo lote de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) embarcará para o Brasil.

Há 10 mil litros de compostos de vacina que foram comprados pelo Butantan e estão parados nos refrigeradores chineses —é o suficiente para produzir 18 milhões de doses, de acordo com os cálculos do governo paulista.

O governador João Doria (PSDB) acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ter causado um novo desgaste diplomático com a China após insinuar que o país faz uma "guerra química" na semana passada.

Ficamos tristes com os entraves diplomáticos por causa de declarações desastrosas do governo brasileiro ao povo chinês.
João Doria (PSDB), governador de São Paulo

Doria embasou sua versão dizendo que outros países estão recebendo insumos, menos o Brasil. "O Butantan é o segundo maior cliente da Sinovac, só perde para o próprio governo da China. Não há nenhuma razão para que a Sinovac não queira fornecer para o seu segundo maior cliente do mundo", disse.