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Fiocruz diz que receberá IFA para 12 mi de doses; Saúde anunciou 18 mi

Doses preparadas da vacina da AstraZeneca contra a covid são retratadas em um consultório médico em Deisenhofen, sul da Alemanha - Lennart Preiss/AFP
Doses preparadas da vacina da AstraZeneca contra a covid são retratadas em um consultório médico em Deisenhofen, sul da Alemanha Imagem: Lennart Preiss/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/05/2021 20h52Atualizada em 20/05/2021 15h24

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disse hoje que receberá dois lotes de IFA (insumo farmacêutico ativo), o suficiente para produção de 12 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, bem menos do que os 18 milhões anunciados pelo Ministério da Saúde. O insumo deve chegar da China no dia 22 deste mês.

A confusão dos números começou mais cedo, quando o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, anunciou que o insumo chinês seria suficiente "para produção de aproximadamente 18 milhões de doses". Depois, a pasta corrigiu a informação em nota divulgada.

A Fiocruz informou que, com as novas remessas, "as entregas de vacinas estão asseguradas até a terceira semana de junho." A produção será interrompida na próxima quinta-feira (20/5) até a chegada do novo lote de insumo, mas segundo a Fiocruz "não há ainda previsão de que isso possa gerar qualquer impacto em entregas futuras".

Tanto a Fiocruz como o Butantan dependem da chegada de IFA enviado pela China para continuar o processo de fabricação dos dois imunizantes mais usados no país contra a covid-19.

No caso do Butantan, o envase foi interrompido na semana passada por falta de insumos da vacina da chinesa Sinovac, enquanto a Fiocruz anunciou que interromperia o envase da vacina da AstraZeneca esta semana até a chegada de um novo lote.

O Butantan, que é ligado ao governo de São Paulo —cujo governador, João Doria (PSDB), é desafeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)— afirma que o IFA está pronto e disponível na China, dependendo apenas de aprovação de envio pelo governo chinês.

*Com informações da agência Reuters