Topo

Esse conteúdo é antigo

São Paulo terá barreiras sanitárias contra cepa indiana, diz secretário

Edson Aparecido (PSDB), secretário de Saúde do município de São Paulo, confirmou que haverá barreia sanitária contra nova cepa do coronavírus - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
Edson Aparecido (PSDB), secretário de Saúde do município de São Paulo, confirmou que haverá barreia sanitária contra nova cepa do coronavírus Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

24/05/2021 08h07Atualizada em 24/05/2021 15h23

A cidade de São Paulo inicia a partir de amanhã a implementação de barreiras sanitárias em aeroportos para conter a cepa indiana do novo coronavírus, detectada no Maranhão e na Argentina. Passageiros vindos desses locais terão que apresentar um teste PCR negativo de covid-19 nos aeroportos e rodoviárias e serão monitorados pelas autoridades.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, a medida foi definida em uma reunião no último sábado (22) com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e membros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"Nós fizemos uma reunião no sábado com o ministro Queiroga e toda a equipe da Vigilância Sanitária do município e da Anvisa. Hoje, estamos montando as equipes que a partir de amanhã vão fazer, primeiro, um trabalho de triagem. Sugerimos ao ministro que todas as pessoas que embarcassem no Maranhão fossem obrigadas a apresentar o PCR negativo", disse Aparecido, em entrevista hoje à CNN Brasil.

Aparecido já havia adianto a intenção de implementar as barreiras em entrevista ao UOL News, na semana passada.

O secretário explicou que as medidas serão divididas em três etapas e que o combinado com o Ministério da Saúde é impor as barreiras apenas a locais onde a cepa indiana já foi identificada no país, ou seja, o estado do Maranhão. A medida foi estendida também a passageiros vindos da Argentina, onde a nova cepa também já foi identificada.

Após a triagem, será feito um segundo passo, com a Anvisa e as prefeituras, "para identificar e fazer o monitoramento de sintomáticos respiratórios, eventualmente testá-los na unidade mais próxima de saúde desses locais, dos aeroportos de Cumbica, Campo de Marte, Congonhas e do terminal rodoviário do Tietê e das duas rodovias, a Dutra e a Fernão Dias", disse Aparecido.

"Vamos fazer o controle de todas as pessoas que aqui chegarem para ter o contato e depois de testadas, isoladas, seja em casa ou nos equipamentos que a gente vai colocar à disposição", completou.

Os passageiros que testarem positivo deverão cumprir um isolamento de dez dias. Caso a pessoa não apresente o teste negativo, ele será submetido a um teste de covid-19 realizado pela prefeitura e ficará isolado até sair o resultado.

"Elas poderão ficar acomodadas onde elas ficariam acomodadas, em hotéis com famílias ou conhecidos, e estamos vendo a possibilidade de ter 30 apartamentos naquele hotel da SPTuris, aqui no município, no Anhembi, para poder acomodar essas pessoas", completou.

Já o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, defendeu que todas as pessoas que vierem de fora do país para São Paulo sejam obrigadas a apresentar um teste RT-PCR comprovando que não estão com a covid-19.

"Como lei, (está valendo) só estrangeiros. Então, trouxemos a proposta. Precisamos que até os brasileiros que de lá estejam vindo tragam esse resultado negativado. Não adianta só fazer PCR, tem que vir negativo. Fizemos essa proposta à Anvisa, que dará sugestão, uma recomendação, tanto para a Casa Civil do governo federal, Ministério da Saúde e Ministério da Justiça para que isso se torne decreto, se torne lei", afirmou Gorinchteyn, em entrevista à GloboNews.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, até o momento, não há qualquer evidência da circulação das cepas indianas no município de São Paulo. Apenas duas variantes foram identificadas nada cidade: a P.1, de Manaus e B.1.1.7, do Reino Unido.