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Paes defende 'operação de guerra' para vacinas: 'Falta agilidade à Saúde'

Do UOL, em São Paulo e no Rio

13/08/2021 10h40Atualizada em 13/08/2021 13h37

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou hoje que falta agilidade ao Ministério da Saúde na distribuição de vacinas contra covid-19 aos estados. A cidade paralisou por dois dias sua campanha de vacinação por falta de doses.

"Falta agilidade do Ministério da Saúde, falta enfrentar a burocracia. Não é uma situação normal. É quase uma situação de guerra, você acelera os processos. A gente não trata essa vacinação como tratamos todo ano a da gripe. Tratamos como uma operação de guerra permanentemente atento e agilizando processos", afirmou Paes no UOL Entrevista.

A distribuição de vacinas é o mais novo capítulo da briga pública entre governo federal e estados durante a pandemia. O Ministério da Saúde é acusado de desobedecer a divisão de doses entre os estados e o debate ganha contornos políticos. Com falhas de distribuição, a pasta tem hoje cerca de 7,9 milhões de doses estocadas, segundo o painel "Quantas doses?", do analista de dados Apolinário Passos.

Paes ainda defendeu a aplicação de uma terceira dose da vacina contra covid.

"Isso já está acontecendo em diversos países. Uma terceira dose é recomendável e a gente defende que seja feito." Ele ressaltou entretanto que a cidade depende de aval do Ministério da Saúde.

Festa do 'fim da pandemia' cancelada

Ao UOL Entrevista, o prefeito do Rio também admitiu que errou ao anunciar um plano de reabertura com 4 dias de festa em setembro para comemorar o "fim da pandemia". Paes cancelou o evento.

"Admito que comuniquei muito mal. Errei e, por mais que você tenha um olhar otimista sobre o futuro, acaba passando à população de que há uma situação melhor do que há no momento", disse Paes.

Admito o erro, não precisa de VAR. Tem uma pandemia aí, não podemos brincar com a vida das pessoas."
Eduardo Paes, prefeito do Rio

Paes também comentou sobre a possibilidade de cancelar o Réveillon e o próximo Carnaval.

"Se tiver cobertura vacinal e o cenário epidemiológico se manter, não haverá nenhum problema. Se não puder, teremos que cancelar. Ficarei muito triste, mas não tenho problema em tomar medidas duras, impopulares."

Segundo o prefeito, a decisão será tomada antes de dezembro porque "envolve organização, licitações".