Fiocruz diz que passaporte da vacina é estratégia para ampliar imunização

A Fiocruz afirmou hoje que o passaporte da vacina é uma "importante estratégia" para estimular e ampliar a imunização no Brasil. Em boletim, a Fiocruz também recomenda a adoção da iniciativa em todo o território nacional.

Nas cidades onde o comprovante é exigido, moradores e turistas precisam apresentar o passaporte para entrar em espaços públicos como pontos turísticos, academias, cinemas, teatros e clubes.

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O passaporte da vacina comprova que a pessoa recebeu pelo menos uma dose do imunizante contra covid-19.

Segundo levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios), 249 cidades do Brasil já exigem o documento. No Rio de Janeiro, a cidade restabeleceu ontem o passaporte da vacina após decisão favorável do STF (Supremo Tribunal Federal). Na cidade de São Paulo, o documento começou a ser exigido em setembro.

O texto da Fiocruz ressalta que "a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos".

Os pesquisadores do observatório da Fiocruz pedem a elaboração de diretrizes nacionais sobre o passaporte da vacina, evitando a judicialização do assunto. "Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da covid-19".

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) é contra o passaporte da vacina. Ontem, o presidente voltou a atacar a medida. "Nós conseguimos a vacina para todos os brasileiros que acharem que devem se vacinar, mas respeitamos o direito daqueles que, porventura, não querem se vacinar", declarou, renovando suas críticas à proposta do passaporte.