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EUA: FDA recomenda dose de reforço da vacina da Janssen contra covid-19

Imunizante da Janssen é de dose única - KAMIL KRZACZYNSKI / AFP
Imunizante da Janssen é de dose única Imagem: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP

Do UOL, em São Paulo

15/10/2021 15h37Atualizada em 15/10/2021 18h54

Membros da agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA (Food and Drug Administration), recomendaram que seja aplicada a dose de reforço da vacina da Janssen. O imunizante é de dose única.

A decisão foi unânime, por 19 votos a zero. O Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados recomendou que a 2ª dose seja aplicada em todas as pessoas, a partir de 18 anos, que tenham sido vacinadas há pelo menos dois meses.

A opinião desse grupo, formado por pesquisadores, epidemiologistas e especialistas em doenças infecciosas, não é vinculativa. No entanto, é incomum que a agência não a siga.

A FDA vai avaliar a opinião do conselho do comitê. Depois, caso o reforço seja mesmo aprovado, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA vai analisar e dizer quem deve tomar as doses adicionais.

No fim de setembro, a Johnson & Johnson já havia dito que uma segunda dose, administrada cerca de dois meses após a primeira, aumenta a eficácia do imunizante para 94% contra as formas moderadas a graves da doença, e os anticorpos saltam de quatro a seis vezes. Quando aplicada seis meses após a primeira, os anticorpos aumentaram 12 vezes.

Atualmente, a vacina oferece 70% de proteção com a dose única, que tem sido aplicada em outros países, inclusive no Brasil.

Segundo as análises apresentadas na reunião, a vacina da Janssen não se mostrou tão protetora como a Moderna e a Pfizer. Por isso, conforme explicou o epidemiologista Dr. Arnold Monto, que presidiu a reunião, "há uma certa urgência em fazer algo".

Doses de reforço

Ontem, o comitê consultivo da FDA já havia recomendado uma dose de reforço da vacina da Moderna nos EUA. A dose será administrada a partir de seis meses após a segunda, mas essa será de 50 microgramas, metade do que contêm as duas primeiras doses.

Os especialistas concordaram em autorizar a administração para três grupos: maiores de 65 anos, pessoas com alto risco de desenvolver uma forma grave da doença e aquelas cujo trabalho ou situação envolve exposição "frequente" ao vírus. A última categoria inclui trabalhadores de supermercado, profissionais de saúde, presidiários e moradores de rua

No mês passado, a FDA autorizou, também, a aplicação de uma terceira dose da vacina da Pfizer contra a covid-19. Os parâmetros de data e grupos de pessoas que podem receber o reforço são os mesmos considerados para a aprovação da Moderna.