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Brasil registra a média mais baixa de mortes pela covid desde abril de 2020

Covid-19 já causou mais de 607 mil mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde - Nelson Almeida/AFP
Covid-19 já causou mais de 607 mil mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde Imagem: Nelson Almeida/AFP

Nathan Lopes e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

30/10/2021 19h02Atualizada em 30/10/2021 21h04

O Brasil registrou hoje 260 mortes por covid-19. Com isso, o total de óbitos pela doença chegou a 607.764. Os dados foram obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Em média, morreram 314 pessoas por dia em razão da covid-19 nos últimos sete dias, é o menor número desde 27 de abril de 2020 — quando registrou 287.

O índice de hoje é -4% menor que o número de 14 dias atrás, o que aponta para uma tendência de estabilidade nas mortes do país. A média móvel já está abaixo de 400 há 19 dias e abaixo de 350 desde 23 de outubro.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Hoje, três estados não tiveram mortes em decorrência da covid-19. São eles: Acre, Amapá e Roraima.

Houve registro de queda na média móvel de mortes em 13 estados e no Distrito Federal, enquanto seis tiveram alta. Outros sete tiveram estabilidade.

Das regiões, Centro-Oeste e Norte tiveram queda, com -20% e -35% respectivamente. As demais se mantiveram estáveis: Nordeste (-3%), Sudeste (-4%) e Sul (12%).

Desde as 20h de ontem foram registrados 9.940 novos casos de coronavírus e a média de testes positivos foi 11.246. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.801.701 diagnósticos da doença.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-1%)
  • Minas Gerais: queda (-21%)
  • Rio de Janeiro: estável (-14%)
  • São Paulo: alta (18%)

Região Norte

  • Acre: queda (-50%)
  • Amazonas: queda (-30%)
  • Amapá: queda (-50%)
  • Pará: queda (-26%)
  • Rondônia: estável (13%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: queda (-23%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-22%)
  • Bahia: alta (20%)
  • Ceará: queda (-42%)
  • Maranhão: estável (-13%)
  • Paraíba: estável (8%)
  • Pernambuco: alta (49%)
  • Piauí: queda (-43%)
  • Rio Grande do Norte: alta (50%)
  • Sergipe: queda (-25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-19%)
  • Goiás: estável (-14%)
  • Mato Grosso: queda (-41%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-41%)

Região Sul

  • Paraná: alta (17%)
  • Rio Grande do Sul: alta (17%)
  • Santa Catarina: estável (-7%)

Dados do ministério

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil registrou 232 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença já causou 607.694 óbitos em todo o país.

Pelos dados divulgados pela pasta, houve 10.693 testes positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando para 21.804.094 o total de infectados desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 20.992.510 casos recuperados da doença até o momento, com outros 203.890 em acompanhamento.

Sem se vacinar, Bolsonaro exalta imunização em discurso no G20

Único líder do G20 não vacinado contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu hoje o combate à pandemia como prioridade global aos líderes do bloco, que reúne as maiores economias do planeta.

Em discurso proferido na cúpula do grupo, em Roma, Bolsonaro afirmou que o Brasil "se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis".

O presidente também deu números da vacinação no país, que ressaltou estar ocorrendo "de forma voluntária". Nos últimos meses, Bolsonaro tem afirmado repetidas vezes não ter se imunizado, mas a informação oficial não está disponível porque o governo impôs sigilo de 100 anos sobre o cartão de vacinação dele.

Na cúpula do G20, Bolsonaro encerrou a fala conclamando os membros do bloco a garantirem imunizantes e outros insumos a nações externas ao bloco.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.