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Prefeitura de SP pede autorização para reduzir intervalo da dose de refoço

Prefeitura de São Paulo pede autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para reduzir intervalo da dose de refoço - Lucas Silva/Governo do Amazonas
Prefeitura de São Paulo pede autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para reduzir intervalo da dose de refoço Imagem: Lucas Silva/Governo do Amazonas

Do UOL, em São Paulo

02/12/2021 11h42Atualizada em 02/12/2021 12h40

A Prefeitura de São Paulo pediu hoje autorização para reduzir o intervalo da dose de reforço da vacina contra covid-19 para maiores de 18 anos. O pedido foi enviado ao Ministério da Saúde, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Comitê Científico do governo de São Paulo.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) pede que o intervalo entre a segunda e a terceira dose seja de quatro meses. Atualmente, os vacinados precisam esperar cinco meses para receber a dose de reforço.

"A secretaria de Saúde fez um estudo e identificou a necessidade de reduzir o período para a dose de reforço, ou terceira dose. Reduzir o intervalo vai ajudar muito para combater a covid-19, ainda mais com a nova variante", disse o prefeito Nunes em entrevista à GloboNews.

Nunes ressaltou que o pedido foi feito em conjunto com a secretaria estadual de Saúde de São Paulo.

Ao UOL, a Anvisa informou que o pedido foi enviado às 9h42 de hoje e será respondido no menor tempo possível.

"É importante destacar que a Anvisa tem acompanhado o cenário e dados disponíveis sobre dose de reforço", informou a agência em nota.

Na semana passada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Pfizer contra a covid-19, atendendo a um pedido feito em setembro pela farmacêutica. A Janssen também fez um pedido similar a agência, mas aguarda aprovação.

No ofício, a Prefeitura de São Paulo cita que as festas de fim de ano aumentam a circulação de pessoas na cidade, além do turismo —estrangeiros não são obrigados a apresentar o passaporte da vacina ao chegar no Brasil.

A cidade de São Paulo já registrou 3 casos importados da variante ômicron, mais transmissível, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo a secretaria municipal de Saúde, os três passageiros vieram de países da África e receberam orientações para ficar em isolamento. Nenhum desenvolveu quadro grave da doença.

O que se sabe sobre a ômicron

Até agora, pessoas infectadas pela variante ômicron da covid-19, detectada inicialmente pela África do Sul na semana passada, mas que já estava em circulação pelos Países Baixos anteriormente, apresentaram apenas sintomas leves da doença.

"O sintoma mais comum é fadiga intensa por um ou dois dias, seguido de dores no corpo", disse a clínica-geral Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

Até o início da tarde de ontem, 19 casos da ômicron haviam sido diagnosticados em Botsuana, país localizado ao norte da África do Sul — porém, 16 dos infectados identificados não apresentaram nenhum sintoma, segundo uma autoridade sanitária local.

No último domingo (28), a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a variante pode aumentar a chance de reinfecção pela covid-19, mas tranquilizou ao afirmar tratamentos contra versões anteriores do vírus também têm funcionado contra a ômicron.

Ouvido por VivaBem, o infectologista Alexandre Naime disse que, embora a ômicron tenha se mostrado mais transmissível que outras variantes, ela ainda não se mostrou capaz de provocar um aumento no número de internações e mortes pela doença.

Por enquanto, laboratórios estão conduzindo estudos para saber se as atuais vacinas disponíveis contra a covid-19 são capazes de lidar contra a ômicron, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já cobrou acesso aos dados obtidos pelas empresas.

A variante apresenta alterações que podem fazer com ela consiga "driblar" o sistema imunológico de pessoas já vacinadas contra o novo coronavírus. A hipótese, porém, ainda está em estudo.

"Então, não podemos dizer que as vacinas não funcionam (contra a variante ômicron) — é improvável, inclusive", disse ontem Lúcia Helena, colunista de VivaBem, ao UOL News, programa do Canal UOL.

Vacinação em massa é medida mais eficaz

A vacinação em massa continua sendo a medida mais eficaz contra a covid-19, protegendo, especialmente, contra a evolução da doença para quadros graves, como internação e morte pelo vírus.

Na última sexta-feira (26), um dia depois da identificação da ômicron, a OMS pediu para que, individualmente, as pessoas ajudem no combate à variante tomando medidas já conhecidas contra a covid-19, como:

  • Uso de máscara bem ajustada ao rosto;
  • Higiene constante das mãos;
  • Distanciamento físico;
  • Melhora da ventilação em ambientes que não sejam ao ar livre, como salas;
  • Preferência por evitar espaços lotados;
  • Se vacinando contra a covid-19.