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Rio Grande do Sul confirma 1º caso da variante ômicron, o 6º do Brasil

Paciente infectada é uma mulher de Santa Cruz do Sul; ela já estava vacinada e, por ora, tem apenas febre - Getty Imagens
Paciente infectada é uma mulher de Santa Cruz do Sul; ela já estava vacinada e, por ora, tem apenas febre Imagem: Getty Imagens

Do UOL, em São Paulo

03/12/2021 18h26Atualizada em 03/12/2021 18h52

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul anunciou hoje o primeiro caso de infecção pela variante ômicron do coronavírus no estado. É o sexto identificado no Brasil — os outros cinco estão em São Paulo (3) e no Distrito Federal (2).

Segundo a SES, trata-se de uma mulher que mora em Santa Cruz do Sul, a cerca de 155 quilômetros de Porto Alegre, e que voltou de viagem da África do Sul — país que primeiro identificou e sequenciou a nova variante — "na última semana". A confirmação foi feita pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), que recebeu a amostra da paciente na tarde de ontem (2).

A mulher está em isolamento domiciliar e sendo acompanhada pela vigilância em saúde do município, ainda de acordo com a SES. Ela recebeu duas doses de vacina contra a covid-19 e, por ora, apresentou apenas febre. Todas as pessoas com as quais ela teve contato também serão testadas.

Com a confirmação da nova variante no estado, a secretária de Saúde Arita Bergmann reforçou a necessidade de se reforçar os cuidados básicos contra a disseminação da covid-19, especialmente o uso de máscara e o distanciamento social. Ela também pediu que aqueles que não tomaram a segunda dose ou ainda não se vacinaram procurem uma unidade de saúde para fazê-lo.

Até esta sexta-feira (3), segundo a SES, 842 mil pessoas estavam com a segunda dose em atraso no Rio Grande do Sul. Outras 721 mil ainda precisam tomar o reforço.

Com essa nova variante em circulação, é ainda mais necessário que a proteção seja efetiva, especialmente com uma alta cobertura vacinal.
Arita Bergamann, secretária de Saúde

A ômicron já foi detectada em pelo menos 38 países e foi considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como "variante de preocupação" por ser mais transmissível. Ainda não se sabe se ela é mais letal do que as demais mutações, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já reforçou que as vacinas existentes continuam sendo eficazes para evitar quadros graves e mortes pela covid-19.

Casos no DF e em SP

O anúncio da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul acontece um dia depois de o governo do Distrito Federal confirmar seus dois primeiros casos da variante ômicron. São passageiros que vieram recentemente da África do Sul, em voo que passou pela Etiópia e pousou no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos (SP) no sábado (27).

Os dois receberam resultado positivo para covid-19 após chegarem a Brasília e estão em isolamento desde então.

Já São Paulo tem três casos confirmados da variante ômicron no estado — o último divulgado na quarta-feira (1º). Trata-se um homem de 29 anos que veio da Etiópia e desembarcou em Guarulhos (SP) no último dia 27, no mesmo voo em que estavam os dois passageiros do Distrito Federal.

Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, o homem já havia tomado as duas doses da vacina da Pfizer contra a covid-19 e não apresenta sintomas. Ele segue em isolamento em Guarulhos, onde mora.

Já os outros dois casos da ômicron em São Paulo são um casal, formado por um homem de 41 anos e uma mulher de 37. Ambos tomaram a dose única da Janssen enquanto estavam na África do Sul e, até o momento, apresentaram apenas sintomas leves da covid-19. Eles também foram orientados pela Secretaria de Saúde a ficar em isolamento.

Todos os seis casos de ômicron identificados no Brasil são de viajantes, o que indica que, ao menos por enquanto, não há transmissão comunitária da nova variante.