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Sinovac diz trabalhar na adaptação da CoronaVac para combater ômicron

Imagem de arquivo de doses da CoronaVac no Instituto Butantan - Divulgação/Instituto Butantan
Imagem de arquivo de doses da CoronaVac no Instituto Butantan Imagem: Divulgação/Instituto Butantan

Do UOL, em São Paulo

07/12/2021 11h23Atualizada em 07/12/2021 11h29

A farmacêutica chinesa Sinovac anunciou hoje que trabalha na adaptação da CoronaVac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, para combater a nova variante ômicron do coronavírus.

A previsão é que a pesquisa seja concluída em três meses. O anúncio foi feito hoje durante o CoronaVac Symposium, realizado pelo Butantan e pela farmacêutica. O evento online começou hoje e vai até quinta (9).

De acordo com a vice-presidente da Sinovac, Yaling Hu, o primeiro passo é isolar a nova cepa do vírus e fazer um teste de anticorpos neutralizantes. Depois, serão feitas avaliações e estudos clínicos em diferentes faixas etárias.

Variante ômicron

A ômicron, nova variante do coronavírus que teve o primeiro caso registrado na África do Sul, já foi detectada em mais de 40 países até o momento, o que fez com algumas nações adotassem restrições.

O Brasil entrou na lista nesta terça-feira (30), com a confirmação de dois casos pelo Instituto Adolfo Lutz. Na quarta-feira (1), o terceiro caso foi confirmado.

A nova variante foi classificada como "preocupante" pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Ela tem uma proteína de espigão diferente daquela do coronavírus original, na qual se baseiam as vacinas contra covid-19. Isso aumenta a preocupação de que a B.1.1.529 possa "escapar" da proteção dos imunizantes.

No domingo, no entanto, Anthony Fauci, o principal assessor do governo dos Estados Unidos sobre a pandemia, disse que os primeiros indícios sobre a gravidade da ômicron são "um tanto encorajadores", embora tenha alertado que ainda faltam informações.

"Embora seja muito cedo para fazer afirmações definitivas, até agora não parece que haja um grande grau de gravidade", disse Fauci à CNN.

Testes de laboratório tentam determinar se a ômicron, cepa do vírus com dezenas de mutações, é mais transmissível do que outras variantes, resistente à imunidade de vacinas e infecções ou gera sintomas mais graves. Os resultados são esperados nas próximas semanas.

A Moderna e outras empresas farmacêuticas, como a Pfizer, já começaram a trabalhar para adaptar suas vacinas à nova variante, se necessário.

* Com AFP