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RS confirma as duas primeiras mortes para a variante ômicron

Ômicron, coronavírus, variante - iStock
Ômicron, coronavírus, variante
Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

17/01/2022 20h37

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou, na noite de hoje, as duas primeiras mortes por covid-19 com resultados indicativos para a variante ômicron. Os dois pacientes são: um homem de 88 anos, morador de Sapiranga, e uma mulher de 86 anos, moradora de Progresso.

Segundo o governo gaúcho, os dois pacientes tiveram início de sintomas nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, com os óbitos ocorrendo em 2 e 5 de janeiro, respectivamente. Ambos eram vacinados contra a covid-19 e apresentavam comorbidades. Os exames que identificaram a variante foram feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS).

A variante B1.1.529 foi detectada na África do Sul no começo de novembro de 2021 e relatada à OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 24. Desde então, o número de casos de coronavírus aumentou drasticamente.

A organização destaca que, por mais que essa nova variante seja vista como mais "leve", a ômicron não deve ser descrita como branda, já que ela está matando pessoas em todo o mundo. Em sua maioria, são pacientes que não tomaram a vacina.

"Assim como as variantes anteriores, a ômicron está hospitalizando e matando pessoas. Na verdade, o tsunami de casos é tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemas de saúde em todo o mundo", disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em janeiro deste ano.

Um estudo feito pelo ITpS (Instituto Todos pela Saúde) em parceria com os laboratórios CDL, Dasa e DB Molecular, apontou que a ômicron já corresponde a 98,7% dos casos de covid no país. A análise foi feita com mais de 8 mil testes RT-PCR, entre 2 a 8 de dezembro. Dessas, 3.212 foram positivos para o Sars-CoV-2, sendo que 3.171 (98,7%) eram de infecções causadas pela nova variante.

Antes, levantamento da plataforma Our World in Data, vinculada à Universidade de Oxford e referência na publicação de dados sobre a pandemia, já mostrava que a nova variante era responsável por mais da metade das infecções no Brasil. Até o dia 10 de janeiro eram 89,98% dos casos rastreados segundo a plataforma.

A variante também já é dominante em outros países, como os Estados Unidos (95,7% dos casos rastreados), Reino Unido (96,77%), África do Sul (99,24%), França (97,56%), Japão (96,94%) e México (85,8%).