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Anvisa vai decidir sobre autotestes amanhã e CoronaVac a crianças na quinta

Do UOL, em São Paulo

18/01/2022 21h36Atualizada em 19/01/2022 09h44

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) marcou para quarta (19) e quinta-feira (20) as reuniões extraordinárias para decidir, respectivamente, sobre a autorização para venda de autotestes de covid-19 e o pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.

As reuniões serão transmitidas no canal da Anvisa no YouTube e estão agendadas para:

  • 19 de janeiro, quarta-feira, a partir de 15h: autotestes de covid-19
  • 20 de janeiro, quinta-feira, a partir de 10h: CoronaVac a crianças e adolescentes

Órgãos como a prefeitura do Rio de Janeiro e a FNP (Frente Nacional de Prefeitos) vêm pedindo há dias a liberação da venda de autotestes nas farmácias do país, em meio à explosão de casos de covid-19 nos primeiros dias de janeiro e a escassez de outros tipos de teste para diagnóstico da covid-19.

O autoteste é adotado em diversos países do mundo, mas proibido no Brasil devido a uma resolução de 2015 da Anvisa. A tendência, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, é que a agência aprove o uso de autotestes de covid-19.

Quanto à CoronaVac, a expectativa do governo de São Paulo — onde está sediado o Instituto Butantan — é de que o uso da vacina em crianças e adolescentes também seja autorizado pela Anvisa. Atualmente, apenas o imunizante da Pfizer pode ser aplicado em pessoas de 5 a 17 anos no Brasil.

"Ela é segura, tem tecnologia de vírus inativado e é altamente eficiente. Ela reduz óbitos e internações. Esses dados foram apresentados e discutidos com especialistas da China, Chile e Brasil", disse ontem Dimas Covas, diretor do Butantan, em entrevista à CNN Brasil.

Esperamos que ainda essa semana possa ter a reunião para decidir favoravelmente pelo uso dessa vacina. O Brasil teve 3 mil óbitos de crianças e adolescentes no ano passado, precisamos vacinar esse público.
Dimas Covas, do Instituto Butantan

São Paulo conta com a CoronaVac para acelerar a campanha de vacinação infantil, permitindo que crianças e adolescentes voltem às aulas presenciais já imunizados contra a covid-19. Na última quinta (13), também à CNN, o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, questionou o quantitativo "muito pequeno" de 248 mil doses da Pfizer reservado pelo Ministério da Saúde a São Paulo.

"Se isso [liberação da CoronaVac] acontecer, nós temos a possibilidade de lançar mão de 12 milhões de doses da vacina. Lembrando: são necessários 4,3 milhões [de doses] para nós imunizarmos essa população, e temos capacidade de vacinar 250 mil crianças por dia. Se isso acontecer, muito provavelmente até o início de fevereiro nós teremos protegido as nossas crianças", disse Gorinchteyn.