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El Salvador pede que mulheres evitem gravidez até 2018 devido ao zika

Nelson Renteria

Em San Salvador

21/01/2016 22h22

El Salvador pediu nesta quinta-feira (21) às mulheres do país para que elas busquem não ficar grávidas até 2018 para evitar que os seus filhos desenvolvam defeitos de nascimento devido ao zika vírus, transmitido por mosquito e que tem se alastrado nas Américas.

O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também é conhecido por levar os vírus da dengue e da chikungunya. Especialistas não sabem ao certo por que o vírus, detectado pela primeira vez em 1947 na África, mas desconhecido nas Américas até o ano passado, está se alastrando tão rapidamente no Brasil e países vizinhos.

Apesar de as pesquisas ainda estarem em andamento, evidências significativas no Brasil mostram uma ligação entre as infecções pelo zika e o aumento de casos de microcefalia, uma desordem neurológica na qual crianças nascem com crânios e cérebros menores.

"Gostaríamos de sugerir a todas as mulheres em idade fértil que elas tomem medidas para planejar a sua gravidez e evitá-la entre este ano e o próximo", disse o vice-ministro da Saúde, Eduardo Spinoza.

Ele afirmou que o governo decidiu fazer o anúncio devido ao registro de 5.397 casos do zika vírus em El Salvador em 2015 e nos primeiros dias deste ano. Dados oficiais mostram que 96 mulheres grávidas podem ter contraído o vírus, mas até agora nenhuma teve bebê com microcefalia.