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Agência dos EUA amplia recomendações sobre zika para gestantes

Nancy Trinidad, que está com 32 semanas de gestação, escuta orientações de uma médica sobre como prevenir zika, dengue, chikungunya em um hospital público em San Juan, Porto Rico - Alvin Baez/Reuters
Nancy Trinidad, que está com 32 semanas de gestação, escuta orientações de uma médica sobre como prevenir zika, dengue, chikungunya em um hospital público em San Juan, Porto Rico Imagem: Alvin Baez/Reuters

Natalie Grover

05/02/2016 20h04

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) revisou nesta sexta-feira as suas orientações para gestantes e incluiu a recomendação de que mesmo aquelas sem os sintomas do vírus da zika devem passar por teste depois de retornarem de áreas afetadas.

As orientações atualizadas recomendam que as gestantes sejam examinadas duas a 12 semanas depois de retornarem de lugares onde o vírus infectou pessoas. Antes, a agência sugeriu os testes para as mulheres que apresentavam os sintomas.

Obstetras têm dito que, uma vez que 80% dos infectados pelo vírus não apresentam sintomas, muitas gestantes não teriam como saber com tempo suficiente para tomar uma decisão informada a respeito da criança ainda não nascida.

Embora a transmissão sexual da zika seja possível, a picada do mosquito continua como a principal forma de contrair o vírus, disse o CDC. A agência recomendou que as gestantes e os seus parceiros discutam com o médico qualquer exposição em potencial do homem à zika ou algum caso de uma doença com as mesmas características.

Homens com parceiras grávidas que moram ou viajaram a uma área de transmissão ativa da zika devem usar de forma consistente e correta o preservativo ou se abster das relações sexuais durante a gravidez, afirmou o CDC.

"A ciência não é clara sobre por quanto tempo o risco deve ser evitado", declarou o CDC. "Pesquisas estão em andamento para responder a essa questão o mais rápido possível".