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Califórnia declara emergência devido ao coronavírus; número de mortes nos EUA sobe para 11

5.mar.2020 - Turistas usam máscaras durante visita à Basílica da Natividade, em Belém, por suspeita de coronavírus na região - Mussa Qawasma/Reuters
5.mar.2020 - Turistas usam máscaras durante visita à Basílica da Natividade, em Belém, por suspeita de coronavírus na região Imagem: Mussa Qawasma/Reuters

Steve Gorman e Dan Whitcomb

Los Angeles (EUA)

05/03/2020 09h48

O números de mortes de pacientes com o novo coronavírus nos Estados Unidos subiu para 11 ontem, quando casos novos emergiram nos arredores das cidades de Nova York e Los Angeles, e autoridades de saúde da área de Seattle desaconselharam reuniões sociais devido ao surto.

A primeira morte causada pelo vírus na Califórnia foi a de uma pessoa idosa do condado de Placer, perto de Sacramento, disseram autoridades de saúde. A pessoa tinha problemas de saúde subjacentes e provavelmente foi exposta durante uma viagem em um navio de cruzeiro entre San Francisco e o México no mês passado.

Foi a primeira morte do coronavírus nos EUA fora do estado de Washington, onde dez pessoas morreram em um grupo de ao menos 39 infecções que emergiram através de uma transmissão comunitária do vírus em dois condados da área de Seattle.

Embora não se acredite que a vítima fatal do condado de Placer tenha contraído a doença localmente, seu caso e um anterior na região de San Francisco ligado ao mesmo navio levaram as autoridades de saúde a procurar outros passageiros de cruzeiros que podem ter tido contato com estes dois indivíduos.

Coronavírus liga alerta pelo mundo

Horas depois de a morte ser anunciada, o governador da Califórnia, Gavin Novasom, declarou uma emergência de âmbito estadual em reação ao coronavírus, que ele disse ter provocado 53 casos no estado mais populoso do país.

"O estado da Califórnia está mobilizando todos os níveis de governo para ajudar a identificar casos e frear a disseminação deste coronavírus", disse Novasom em um comunicado.

Seis novos pacientes de coronavírus foram confirmados no condado de Los Angeles, informaram autoridades de saúde pública na quarta-feira. Um é um prestador de serviços federal que pode ter sido exposto enquanto realizava exames médicos no Aeroporto Internacional de Los Angeles, segundo o Departamento de Segurança Interna.

Outros três provavelmente se infectaram durante uma viagem recente ao norte da Itália — uma das três áreas mais afetadas pelo surto global. Um dos seis pacientes do condado de Los Angeles foi hospitalizado e os outros cinco se recuperam isolados em casa.

Autoridades de saúde de Seattle pediram uma série de medidas para conter uma proliferação ainda maior da doença, incluindo a recomendação de que qualquer pessoa de 60 anos ou mais e indivíduos com problemas de saúde crônicos subjacentes ou imunidade comprometida permaneçam em casa e longe de aglomerações e locais públicos.

Parlamentares dos EUA chegaram a um acordo bipartidário para um projeto de lei de emergência de US$ 8,3 bilhões para ajudar a custear os esforços de contenção do vírus que já passou pela Câmara dos Deputados.

(Por Steve Gorman, em Los Angeles, e Laila Kearney, em Nova York; reportagem adicional de Dan Whitcomb, em Los Angeles; Maria Caspani e Hilary Russ, em Nova York; David Morgan e Richard Cowan, em Washington.)