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Casa Branca avalia quebra de patentes para vacinas contra Covid-19

Parlamentares norte-americanos e organizações não-governamentais estão pressionando o governo Biden para apoiar a quebra temporária da patente para ajudar países mais pobres a conter a pandemia - Kena Betancur/AFP
Parlamentares norte-americanos e organizações não-governamentais estão pressionando o governo Biden para apoiar a quebra temporária da patente para ajudar países mais pobres a conter a pandemia Imagem: Kena Betancur/AFP

Steve Holland e Andrea Shalal

27/04/2021 19h32

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca está avaliando opções para maximizar a produção e a oferta global de vacinas da Covid-19 ao custo mais baixo possível, incluindo apoiar uma proposta para quebra de patente dos imunizantes, mas nenhuma decisão foi tomada ainda, afirmou a secretária de imprensa Jen Psaki nesta terça-feira.

"Há muitas maneiras diferentes de fazer isso. Agora, essa seria uma das maneiras, mas precisamos analisar o que faz mais sentido", disse Psaki, acrescentando que autoridades dos Estados Unidos estão estudando se é mais eficiente aumentar o volume atual de fabricação de vacinas nos EUA.

A representante comercial do país, Katherine Tai, não fez uma recomendação sobre o assunto, e o presidente Joe Biden não tomou uma decisão, afirmou ela.

Parlamentares norte-americanos e organizações não-governamentais estão pressionando o governo Biden para apoiar a quebra temporária da patente para ajudar países mais pobres a conter a pandemia, enquanto Índia e outros países lutam contra uma onda gigantesca de novos casos.

Os Estados Unidos e vários outros países até agora impediram negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre uma proposta liderada pela Índia e pela África do Sul na qual as empresas farmacêuticas abririam mão dos direitos de propriedade intelectual para permitir que países em desenvolvimento produzissem as vacinas contra a Covid-19.

Os proponentes estão pressionando Washington pela mudança de postura antes de uma nova reunião da OMC sobre a questão no dia 30 de abril.

Críticos dizem que renunciar a acordo da OMC sobre Aspectos Comerciais de Propriedade Intelectual pode reduzir a segurança das vacinas, e que estabelecer a produção em novos lugares minaria os recursos necessários para impulsionar a produção em locais onde ela já acontece atualmente.

(Reportagem de Steve Holland e Andrea Shalal)