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Empresa chinesa vendia vacinas falsas contra pólio, tétano e difteria

Autoridade supervisora a origem de vacinas em um hospital em Rongan, região sul de Guangxi, na China - AFP
Autoridade supervisora a origem de vacinas em um hospital em Rongan, região sul de Guangxi, na China Imagem: AFP

23/07/2018 12h51

Um novo escândalo sanitário está colocando a China em estado de alerta depois da descoberta de que um lote de vacinas falsas foi aplicado em bebês de menos de três meses. O presidente chinês, Xi Jinping, pediu nesta segunda-feira (23) sanções severas contra a companhia Changchun Changsheng.

A empresa teria vendido mais de 250 mil doses de vacina contra a difteria, o tétano e a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. O CFDA organismo chinês que autoriza a comercialização de alimentos e medicamentos, já havia anunciado a interrupção da produção de uma vacina contra a raiva produzida pela mesma empresa, depois de uma inspeção.

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“A violação de leis e regras na produção das vacinas é inadmissível e chocante”, disse Xi Jinping. “As autoridades e os serviços envolvidos devem dar a merecida importância ao caso, e fazer uma investigação para estabelecer os fatos e as responsabilidades de cada um”. Cinco responsáveis da companhia farmacêutica foram detidos para interrogatório. Todas as vacinas foram retiradas do mercado.

Ações de empresas farmacêuticas caem na bolsa

O caso faz parte de uma longa série de escândalos na China envolvendo a indústria alimentícia e de medicamentos. As ações dos principais produtores chineses de vacinas despencaram nesta segunda-feira. Os valores dos títulos da Changchun Changsheng recuaram mais de 10%. A indústria produz a maior parte das vacinas contra a raiva do país.