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Poluição do ar pode estar associada ao envelhecimento do cérebro

Motoristas dirigem por via elevada diante de arranha-céus em Xangai (China), no final de abril - Johannes Eisele/AFP
Motoristas dirigem por via elevada diante de arranha-céus em Xangai (China), no final de abril Imagem: Johannes Eisele/AFP

Nicholas Bakalar

13/05/2015 06h00

A poluição do ar é conhecida por aumentar o risco de derrames e outros distúrbios cerebrovasculares. Além disso, pesquisadores agora descobriram que ela também está associada ao envelhecimento precoce do cérebro.

O estudo, publicado na edição de maio do periódico "Stroke", usou dados de 943 pessoas de mais de 60 anos e de ambos os sexos, participantes de um estudo mais extenso de saúde. Os pesquisadores submeteram os pacientes a exames de ressonância magnética e coletaram informações sobre a distância entre suas habitações e autoestradas. Além disso, usaram dados de satélites para medir o material particulado menor que 2,5 micrômetros (PM 2.5), poluição que penetra facilmente nos pulmões e corrente sanguínea.

Após o controle de fatores de saúde, estilo de vida e socioeconômicos, eles descobriram que o derrame silencioso aumentou 46% com a exposição a níveis altos de PM 2.5 em comparação com a exposição a níveis baixos do poluente. Além disso, eles descobriram que cada aumento de dois microgramas por metro cúbico de PM 2.5 estava associado a uma diminuição do volume cerebral que equivale a aproximadamente um ano de envelhecimento natural.

"Observamos uma associação entre poluição do ar e ataques potencialmente nocivos ao cérebro. Isso nos ajuda a compreender melhor os mecanismos relacionados com a poluição do ar e os resultados observados clinicamente", afirmou Elissa H. Wilker, principal autora do estudo e pesquisadora do Centro Médico Beth Israel Deaconess.