Médicos caros não oferecem tratamentos melhores, indica novo estudo
Médicos que normalmente gastam mais no tratamento de pacientes hospitalizados não costumam obter resultados melhores do que os que gastam menos, de acordo com um novo estudo.
Os pesquisadores examinaram os registros de gastos de 72.042 médicos em mais de três mil hospitais de tratamento intensivo. Os pacientes eram beneficiários do Medicare e tinham mais de 65 anos no momento do tratamento realizado entre janeiro de 2011 e o fim de 2014.
Os pesquisadores calcularam os gastos nos dois primeiros anos e registraram os dados dos dois últimos anos da pesquisa. Eles se concentraram nos tipos de gastos controlados pelas escolhas do profissional médico – exames, procedimentos, etc. O estudo foi publicado na revista científica JAMA Internal Medicine.
Depois de levar em conta uma série de características de cada hospital, os pesquisadores revelaram que os gastos variavam até 10,5% de médico para médico.
Contudo, não havia associação direta entre preços mais altos e taxa de mortalidade em um período de 30 dias, nem entre os gastos e o retorno dos pacientes ao hospital. Em outras palavras, o aumento dos gastos não representava uma melhoria no tratamento.
“Até quando você vai ao mesmo hospital, as contas são diferentes no final – muitas vezes até 40% mais altas – dependendo de quem for o responsável por seu tratamento”, afirmou o pesquisador responsável pelo estudo, Dr. Yusuke Tsugawa, pesquisador da Faculdade de Saúde Pública T.H. Chan, da Universidade de Harvard.
“E o tratamento fornecido por médicos que geram gastos mais altos não é estatisticamente melhor”.
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