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Por leis antigays, petição pede mudança do país sede do Miss Universo

Do UOL, em São Paulo

03/09/2013 06h00

Apesar de uma petição com mais de 25 mil assinaturas pedindo aos organizadores do Miss Universo que mudem o país que sediará o certame em 2013, a Rússia, Donald Trump e companhia não deram o braço a torcer e o concurso seguirá no mesmo lugar.

A final do Miss Universo acontece no dia 9 de novembro em Moscou. Andy Cohen, que foi o apresentador do concurso nos dois últimos anos, anunciou que não iria participar da edição deste ano por conta de leis antigays vigentes no país.

A Rússia proíbe a adoção de crianças por casais gays, as paradas gays e a chamada "propaganda da homossexualidade", que limita atos públicos e manifestações dos gays.

Os homossexuais sofrem forte discriminação por lá, um dos países mais homofóbicos da Europa. Até 1993, ter relações com pessoas do mesmo sexo era crime e até 1999 era considerado uma doença mental.

"A organização do Miss Universo acredita na igualdade de todos os indivíduos e está profundamente preocupada com as leis aprovadas recentemente na Rússia e atualmente em vigor em vários outros países. Tanto a lei bem como a violência sofrida pela comunidade LGBT na Rússia são opostas aos valores fundamentais da nossa empresa. Nossa organização sempre incorporou um espírito de inclusão e é uma celebração de pessoas de todos os países e estilos de vida", diz a nota.

"É nossa esperança que o concurso de Miss Universo deste ano em Moscou ajude a promover a compreensão e valorização dos direitos de todos os indivíduos, independentemente da sua nacionalidade, raça, religião ou orientação sexual", continua o comunicado.