Homem que "escondia anões" em cidade britânica só tem segredo desvendado em funeral

A expressão "levar segredo para o túmulo" foi cumprida à risca pelo farmacêutico inglês Peter Leighton, que morreu nesta segunda-feira (21) após travar uma luta contra o câncer de próstata. Mas seu filho David decidiu revelar o "hobby" um tanto peculiar do pai, que arrancou risadas e intrigou os moradores do vilarejo de Brattleby, em Lincolnshire, na Inglaterra, ao espalhar anões de jardim e gnomos pelos gramados dos vizinhos e pontos de referência da cidade, segundo reportagem do "Daily Mail".

Durante o funeral, David discursava sobre o pai, quando revelou o autor do mistério que durava dez anos. Assim que o autor da brincadeira foi revelado, a comoção dos convidados passou para sonoras gargalhadas. "Eu e meu pai decidimos que, se ele morresse, iria revelar a autoria durante meu discurso".

A mulher de Leighton, Erica, disse que sabia da brincadeira do marido, só não conseguia ver tanta graça. "Achava uma ideia idiota, mas ele gostava de fazer sorrir. E era isso que acontecia quando as pessoas abriam as cortinas e viam um anão no jardim", disse a viúva.

"Quando ele descobriu que estava morrendo, pediu para que fosse revelado como o autor da brincadeira neste momento. Ele queria que seu funeral fosse capaz de divertir as pessoas", disse o filho, que completou diante das gargalhadas dos presentes: "era exatamente isso que ele queria."

Ele conta que a ideia surgiu depois que um parente comprou um anão para colocar no jardim. "Meu pai disse que seria engraçado espalhar as figuras pela aldeia", revela David.

Junto com o pai e mais um amigo, eles elaboraram rotas e locais onde era mais escuro para colocar as estátuas sem levantar suspeitas. Após a primeira ação, o pai decretou que aquilo seria repetido outras vezes. A brincadeira cresceu e chamou atenção nacional com a chegada de repórteres de TV. "Ele se divertiu muito quando viu a mídia espalhada pela aldeia, intrigada com o aparecimento dos anões", lembra David.

A primeira ação foi em junho de 2003. Desde então, as imagens foram aparecendo além dos jardins de moradores, como na entrada da vila e em ponto de ônibus. Vários suspeitos foram apontados, principalmente um que trabalhava na loja onde as estátuas eram vendidas.

Leighton deixou três filhos, além de David, 32, as filhas Jenny , 33, e Deanna , 28. Um anão de jardim foi colocado na entrada da porta da igreja onde o corpo do farmacêutico foi velado.