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É inveja de Itu? Mineiros fazem doces de abóbora, de leite e queijo "tamanho GG"

Carlos Eduardo Cherem e Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

01/08/2015 17h51

Cidades de Minas Gerais parecem ter incorporado o espírito de Itu (SP), onde objetos gigantes fazem parte do cotidiano dos moradores, e utilizaram esse mote na culinária para produzir quitutes enormes.

A exemplo do município brasileiro que mais gosta de objetos grandes, produtores mineiros de queijo e doce estão se especializando no gigantismo. Eles foram certificados nacionalmente e aguardam reconhecimento do Guinness Book.

Neste sábado (1º), produtores do município de Ipanema (a 370 km de Belo Horizonte) apresentaram uma peça de queijo minas padrão com 1.810 quilos, segundo a prefeitura local. Assim, a iguaria bateu o peso da produzida no ano passado, que chegou aos 1.770 quilos e ficou com o recorde nacional.

Para produzirem o gigante deste ano, foram usados 17.500 litros de leite. Como não podia deixar de ser, o “queijão” foi acompanhado de uma peça de doce de leite de 517 quilos. Após desfile em carro aberto, a dupla foi cortada e distribuída de graça aos participantes da “Festa do Queijo”, na região central da cidade.

Já na cidade de Poços de Caldas (a 470 km da capital mineira), após 20 dias de serviço, foi fabricado um doce de abóbora com 551 quilos, 155 centímetros de diâmetro e 23,2 centímetros de altura. Seus fabricantes o consideram o maior doce desse tipo do mundo.

Exagero? As fotos mostram o tamanho das duas peças continentais, que foram formalmente reconhecidas como as maiores do país pela auditoria do RankBrasil, com sede em Curitiba (PR), credenciada para esse reconhecimento.

Doce de leite que será cortado e servido junto com pedaços do "queijão" aos participantes da festa em Ipanema (MG) - Geraldo Gomes/IpaNews - Geraldo Gomes/IpaNews
Preparação do doce de leite que depois foi cortado e servido junto com o "queijão"
Imagem: Geraldo Gomes/IpaNews

A entidade reconheceu o doce de abóbora com coco da Doce da Roça, empresa de Poços de Caldas (MG), como o maior do país, no dia 8 de julho.

Ganhadora do prêmio, a representante da empresa responsável pelo quitute, Angélica Lima, explica que, no total, para fazer a certificação foram gastos R$ 5.000. “Ainda não sei como é o processo no Guinness para o registro do nosso doce como o maior doce de abóbora do mundo. Acho que não tem outro. Só se for na China. Esses chineses são danados. De lá, pode aparecer qualquer coisa”, diz Lima.

No preparo do doce de abóbora com coco, que demorou 20 dias, foram utilizadas cinco toneladas de abóbora e mais 200 quilos de coco in natura. Seis pessoas estiveram envolvidas no processo, além do o trabalho de logística, que envolveu outras pessoas. “Foi um grande desafio chegar aos 551 kg”.

Segundo ela, o formato gigante carrega a tradição e a memória da venda a granel, na qual o consumidor escolhe o corte e a quantidade da peça que vai levar. “O pedaço é único e exclusivo, conforme a preferência do freguês. Uma prática que recria nos dias de hoje o modo de viver do povo mineiro”, afirma.

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