Topo

MP abre investigação do vazamento de dados de 500 milhões da rede Marriott

No JW Marriott Hotel Rio de Janeiro - Jeff Zaruba/Divulgação
No JW Marriott Hotel Rio de Janeiro Imagem: Jeff Zaruba/Divulgação

Helton Simões Gomes

Do UOL, em São Paulo

03/12/2018 15h59

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu um inquérito civil público para apurar o vazamento de informações pessoais da rede de hotéis Marriott, que expôs dados de 500 milhões clientes.

Segundo o órgão, este é um dos maiores incidentes de segurança do mundo. Dentre o que foi vazado havia número de cartões e a data de vencimento das faturas. Com isso, o MPDFT considera que seria possível detalhar os deslocamentos dos hóspedes e onde ficaram.

VEJA TAMBÉM:

Os dados expostos, como número do passaporte e informações sobre a data de chegada e partida, permitem conhecer a movimentação de pessoas como diplomatas, adidos militares e de inteligência, negociadores, empresários, políticos, chefes de estado

Frederico Meinberg, promotor de Justiça

A Marriott informou que, para cerca de 327 milhões dos quase 500 milhões de clientes que aparecerem no banco de dados afetado, as informações que podem estar comprometidas incluem:

  • nomes;
  • emails;
  • números de telefone;
  • passaporte;
  • data de nascimento;
  • sexo;
  • detalhes da conta Starwood Preferred Guest (SPG), um cartão premium lançado recentemente pelo emissor do cartão de crédito American Express (AmEx) para viajantes regulares.

Para os demais, as informações incluem apenas nome e emails.

A rede descobriu "que havia acesso não autorizado à rede da Starwood [sistema de reservas] desde 2014" durante a recente investigação de um "incidente de segurança de dados". A investigação revelou que um "usuário terceiro não autorizado havia copiado, criptografado informações e realizado operações para eliminar indícios".

O MPDFT informou sobre a abertura do inquérito ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a autoridade de informações do Reino Unido.