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Epidemia de cólera no Haiti deixa 520 mil casos e 7.000 mortos

Jovem com sintomas de cólera recebe atendimento em centro de Porto Príncipe - Damon Winter/The New York Times
Jovem com sintomas de cólera recebe atendimento em centro de Porto Príncipe Imagem: Damon Winter/The New York Times

Em Nova York

06/01/2012 18h56

A epidemia de cólera que atinge o Haiti desde outubro de 2010 infectou mais de 520.000 pessoas e causou cerca de 7.000 mortos até meados de dezembro de 2011, disse nesta sexta-feira o médico Jon Andrus, diretor-adjunto da Organização Panamericana da Saúde (OPS).

Durante uma entrevista por telefone, Andrus afirmou que diariamente são declarados 200 novos casos de cólera no Haiti, e que esta cifra provavelmente aumentará ao chegar a temporada de chuvas.

"Trata-se de uma das maiores epidemias de cólera da história moderna", completou o funcionário da organização intergovernamental.

Um foco de cólera proveniente do sul da Ásia apareceu no país em outubro de 2010. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia previsto que o número de casos superaria os 500.000 no fim de 2011.

Em junho, um estudo publicado pelo Centro americano de Controle e Prevenção de Doenças concluiu que a doença entrou no país com os capacetes azuis nepaleses.

Os advogados das vítimas exigem da ONU 100 mil dólares de compensação por cada morto e 50.000 dólares para cada pessoa infectada.

Por outro lado, na vizinha República Dominicana foram registrados 21.000 casos de cólera e 363 mortes pela doença, completou Andrus na conferência pelo segundo aniversário do terremoto que atingiu a ilha e matou 225.000 pessoas.