Coreia do Norte em luto celebra o 70º aniversário de Kim Jong-Il
SEUL, 16 Fev 2012 (AFP) -A Coreia do Norte celebra nesta quinta-feira o 70º aniversário de nascimento de seu falecido líder Kim Jong-Il, cuja bondade e generosidade foram enfaticamente elogiadas pela TV estatal do regime comunista, agora liderado por seu filho Kim Jong-Un
Com a voz cheia de emoção, um apresentador mostrou imagens do ex-homem forte do país nas visitas que fazia as cidades, fazendas e fábricas para se informar sobre o seu povo trabalhador.
"O general (Kim) era muito ocupado, mas tirou um tempo para visitar a casa da minha família", testemunhou uma senhora.
"Nenhum outro líder mundial não se compara ao general", acrescentou.
Na quarta-feira, Kim Jong-il foi promovido a generalíssimo, uma patente que até agora era exclusiva de seu pai, Kim Il-sung, fundador e "presidente eterno" da Coreia comunista.
O culto a dinastia Kim é mantido desde 1948 por uma forte propaganda que se intensificou com a morte de Kim Jong-Il, falecido no dia 17 de dezembro de um ataque cardíaco aos 69 anos.
Especialistas afirmam isto serve para justificar a segunda sucessão dinástica deste regime sem precedente na história e para reforçar a autoridade do filho mais novo de Kim Jong-Il, designado para presidir o país.
Kim Jong-Un participou na quarta-feira de um encontro de centenas de oficiais do exército e agentes do Estado para honrar a memória de seu pai.
Nesta ocasião, o intitulado chefe de Estado, mas sem poder real, Kim Yong-Nam, pediu aos norte-coreanos proteção para Jong-Un "às custas de suas vidas", além de trabalhar em um esforço comum para o fortalecimento do exército e da economia.
Kim Jong-Il era o 'líder supremo' da Coréia do Norte desde a morte do pai, em 1994.
O dia de seu nascimento foi declarado o "Dia da estrela brilhante".
Estatuas monumentais em sua homenagem foram erguidas e milhares de norte-coreanos reuniram-se no Monte Paektu, uma montanha sagrada, que segundo relatam foi o local de seu nascimento em 16 de fevereiro de 1942.
A maioria dos historiadores acredita, no entanto, que Kim nasceu na União Soviética, onde seu pai liderou a resistência contra os colonizadores japoneses até 1945.
Na quinta-feira, um gigante desfile militar foi transmitido ao vivo pela televisão estatal na praça em frente ao Palácio do memorial Kumsusan, em Pyongyang. Em homenagem ao falecido líder, o palácio foi renomeado de Kumsusan Palácio do sol.
A cerimônia tinha o objetivo de mostrar a lealdade do Exército, Aeronáutica e Marinha a Kim Jong-Un, que assistiu o desfile, vestido com um casaco preto grosso, em temperaturas próximas do congelamento.
No Sul, trinta desertores do Norte denunciaram o "Dia da vergonha nacional", soltando 140 mil folhetos amarrados a balões na fronteira intercoreana.
"Vamos lutar contra a passagem de ditadura para a terceira geração de nossos inimigos", era lido nos panfletos, enquanto uma bandeira dizia "Kim Jong-Il, o assassino".
Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a China - um de seus poucos aliados - buscam trazer o Norte à mesa de negociações sobre o seu programa nuclear, suspeito pelo ocidente de ter fins militares. A Coreia do Norte já possui armas nucleares.
Uma nova reunião entre autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Norte está marcada para o dia 23 de fevereiro em Pequim, a primeira desde a morte de Kim Jong-Il. Esta é a terceira rodada de discussões diretas bilaterais, após as conversações de julho, em Nova York, e de outubro, em Genebra.
A Coreia do Norte precisa de ajuda emergencial. Cerca de seis milhões de pessoas -um quarto da população- necessita de ajuda alimentar, segundo a ONU, e a expectativa de vida é de 10 a menos no Sul.
Com a voz cheia de emoção, um apresentador mostrou imagens do ex-homem forte do país nas visitas que fazia as cidades, fazendas e fábricas para se informar sobre o seu povo trabalhador.
"O general (Kim) era muito ocupado, mas tirou um tempo para visitar a casa da minha família", testemunhou uma senhora.
"Nenhum outro líder mundial não se compara ao general", acrescentou.
Na quarta-feira, Kim Jong-il foi promovido a generalíssimo, uma patente que até agora era exclusiva de seu pai, Kim Il-sung, fundador e "presidente eterno" da Coreia comunista.
O culto a dinastia Kim é mantido desde 1948 por uma forte propaganda que se intensificou com a morte de Kim Jong-Il, falecido no dia 17 de dezembro de um ataque cardíaco aos 69 anos.
Especialistas afirmam isto serve para justificar a segunda sucessão dinástica deste regime sem precedente na história e para reforçar a autoridade do filho mais novo de Kim Jong-Il, designado para presidir o país.
Kim Jong-Un participou na quarta-feira de um encontro de centenas de oficiais do exército e agentes do Estado para honrar a memória de seu pai.
Nesta ocasião, o intitulado chefe de Estado, mas sem poder real, Kim Yong-Nam, pediu aos norte-coreanos proteção para Jong-Un "às custas de suas vidas", além de trabalhar em um esforço comum para o fortalecimento do exército e da economia.
Kim Jong-Il era o 'líder supremo' da Coréia do Norte desde a morte do pai, em 1994.
O dia de seu nascimento foi declarado o "Dia da estrela brilhante".
Estatuas monumentais em sua homenagem foram erguidas e milhares de norte-coreanos reuniram-se no Monte Paektu, uma montanha sagrada, que segundo relatam foi o local de seu nascimento em 16 de fevereiro de 1942.
A maioria dos historiadores acredita, no entanto, que Kim nasceu na União Soviética, onde seu pai liderou a resistência contra os colonizadores japoneses até 1945.
Na quinta-feira, um gigante desfile militar foi transmitido ao vivo pela televisão estatal na praça em frente ao Palácio do memorial Kumsusan, em Pyongyang. Em homenagem ao falecido líder, o palácio foi renomeado de Kumsusan Palácio do sol.
A cerimônia tinha o objetivo de mostrar a lealdade do Exército, Aeronáutica e Marinha a Kim Jong-Un, que assistiu o desfile, vestido com um casaco preto grosso, em temperaturas próximas do congelamento.
No Sul, trinta desertores do Norte denunciaram o "Dia da vergonha nacional", soltando 140 mil folhetos amarrados a balões na fronteira intercoreana.
"Vamos lutar contra a passagem de ditadura para a terceira geração de nossos inimigos", era lido nos panfletos, enquanto uma bandeira dizia "Kim Jong-Il, o assassino".
Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a China - um de seus poucos aliados - buscam trazer o Norte à mesa de negociações sobre o seu programa nuclear, suspeito pelo ocidente de ter fins militares. A Coreia do Norte já possui armas nucleares.
Uma nova reunião entre autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Norte está marcada para o dia 23 de fevereiro em Pequim, a primeira desde a morte de Kim Jong-Il. Esta é a terceira rodada de discussões diretas bilaterais, após as conversações de julho, em Nova York, e de outubro, em Genebra.
A Coreia do Norte precisa de ajuda emergencial. Cerca de seis milhões de pessoas -um quarto da população- necessita de ajuda alimentar, segundo a ONU, e a expectativa de vida é de 10 a menos no Sul.