Homicídio impune de jovem negro deixa americanos indignados
MIAMI, 22 Mar 2012 (AFP) -O chefe de polícia de Sanford anunciou sua saída temporária do cargo nesta quinta-feira, no centro da crescente indignação social nos Estados Unidos depois que um jovem negro que caminhava desarmado foi morto por um vigia branco, que não foi preso.
A autoridade policial de Sanford, Bill Lee, que foi duramente criticado dpeois que seu departamento não prendeu o vigia voluntário George Zimmerman, afirmou que deixava seu cargo temporariamente devido ao que classificou como uma "distração".
Na internet, cerca de 1 milhão de pessoas assinaram uma petição online que exige justiça para o adolescente de 17 anos Trayvon Martin.
Martin foi baleado em 26 de fevereiro em Sanford, perto de Orlando (centro da Flórida), quando voltava para casa após comprar doces. Os disparos foram efetuados pelo vigia branco George Zimmerman, de 28 anos, que considerou Trayvon "suspeito" por caminhar pelo bairro encapuzado em uma noite chuvosa.
Zimmerman, que disse à polícia ter agido em legítima defesa, teve que abandonar o setor de condomínios fechados por causa dos pedidos de "justiça" da comunidade e de líderes afrodescendentes que pedem sua prisão. Seu paradeiro é desconhecido.
A aparente impunidade de Zimmerman ocorre devido a uma lei da Flórida denominada "Atire primeiro" por seus críticos e "Defenda seu espaço" por aqueles que a apoiam.
Aprovada em 2005, com o apoio do então governador Jeb Bush - irmão e filho dos ex-presidentes George W. Bush e George Bush pai - e impulsionada pela Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), a lei dá aos cidadãos o direito de atirar contra qualquer pessoa considerada uma ameaça à sua segurança em local público.
"Nós queremos uma investigação honesta (...) Não sabemos porque não detiveram" Zimmerman, disse à AFP o diretor executivo da organização afroamericana ColorOfChange, Rashad Robinson.
A polícia de Sanford explicou em um comunicado que "não pode deter ninguém a menos que se determine que houve uma causa provável de que o disparo foi ilegal", o que não foi determinado, já que Zimmerman afirma ter atirado para se defender e, portanto, está amparado pela lei.
Porta-vozes de igrejas afroamericanas e de organizações de defesa dos direitos civis convocaram para esta quinta-feira uma marcha para pedir uma investigação e que Zimmerman seja detido, depois do voto de censura, na véspera, de vereadores representantes desta cidade próxima a Orlando ao chefe de polícia de Sanford, Bill Lee.
"Gostaríamos de uma revisão independente da ação da polícia neste caso", disse na quinta-feira o administrador de Sanford, Norton Bonaparte.
Tanto nas redes sociais quanto nos comunicados de organizações afroamericanas, diferentes líderes civis convocam uma grande marcha para esta noite, enquanto a TV mostra a chegada de ônibus repletos de pessoas para participar do protesto.
"Esta não é uma questão de brancos ou negros. É sobre o certo e o errado", disse Sybrina Fulton, mãe do adolescente morto, que impulsiona a petição da justiça ao lado do marido, Tracy Martin.
O reverendo Al Sharpton, líder da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e comentarista da TV nacional, se reunirá nesta quinta com os pais de Martin e representantes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que estão na cidade para realizar uma investigação conjunta com a promotoria da Flórida e a polícia federal (FBI).
A autoridade policial de Sanford, Bill Lee, que foi duramente criticado dpeois que seu departamento não prendeu o vigia voluntário George Zimmerman, afirmou que deixava seu cargo temporariamente devido ao que classificou como uma "distração".
Na internet, cerca de 1 milhão de pessoas assinaram uma petição online que exige justiça para o adolescente de 17 anos Trayvon Martin.
Martin foi baleado em 26 de fevereiro em Sanford, perto de Orlando (centro da Flórida), quando voltava para casa após comprar doces. Os disparos foram efetuados pelo vigia branco George Zimmerman, de 28 anos, que considerou Trayvon "suspeito" por caminhar pelo bairro encapuzado em uma noite chuvosa.
Zimmerman, que disse à polícia ter agido em legítima defesa, teve que abandonar o setor de condomínios fechados por causa dos pedidos de "justiça" da comunidade e de líderes afrodescendentes que pedem sua prisão. Seu paradeiro é desconhecido.
A aparente impunidade de Zimmerman ocorre devido a uma lei da Flórida denominada "Atire primeiro" por seus críticos e "Defenda seu espaço" por aqueles que a apoiam.
Aprovada em 2005, com o apoio do então governador Jeb Bush - irmão e filho dos ex-presidentes George W. Bush e George Bush pai - e impulsionada pela Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), a lei dá aos cidadãos o direito de atirar contra qualquer pessoa considerada uma ameaça à sua segurança em local público.
"Nós queremos uma investigação honesta (...) Não sabemos porque não detiveram" Zimmerman, disse à AFP o diretor executivo da organização afroamericana ColorOfChange, Rashad Robinson.
A polícia de Sanford explicou em um comunicado que "não pode deter ninguém a menos que se determine que houve uma causa provável de que o disparo foi ilegal", o que não foi determinado, já que Zimmerman afirma ter atirado para se defender e, portanto, está amparado pela lei.
Porta-vozes de igrejas afroamericanas e de organizações de defesa dos direitos civis convocaram para esta quinta-feira uma marcha para pedir uma investigação e que Zimmerman seja detido, depois do voto de censura, na véspera, de vereadores representantes desta cidade próxima a Orlando ao chefe de polícia de Sanford, Bill Lee.
"Gostaríamos de uma revisão independente da ação da polícia neste caso", disse na quinta-feira o administrador de Sanford, Norton Bonaparte.
Tanto nas redes sociais quanto nos comunicados de organizações afroamericanas, diferentes líderes civis convocam uma grande marcha para esta noite, enquanto a TV mostra a chegada de ônibus repletos de pessoas para participar do protesto.
"Esta não é uma questão de brancos ou negros. É sobre o certo e o errado", disse Sybrina Fulton, mãe do adolescente morto, que impulsiona a petição da justiça ao lado do marido, Tracy Martin.
O reverendo Al Sharpton, líder da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e comentarista da TV nacional, se reunirá nesta quinta com os pais de Martin e representantes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que estão na cidade para realizar uma investigação conjunta com a promotoria da Flórida e a polícia federal (FBI).
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