UE, dividida e mergulhada na crise, recebe em Oslo o Nobel da Paz
OSLO, 10 dez 2012 (AFP) - A União Europeia, dividida e mergulhada em uma grave crise econômica, recebeu nesta segunda-feira em Oslo o Prêmio Nobel da Paz por ter contribuído para transformar "um continente em guerra em um continente em paz".
Na presença de cerca de vinte chefes de Estado e de governo, entre eles o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, sentados um ao lado do outro, o presidente do comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, pediu que a UE "siga adiante", apesar da crise.
"Manter o que se conseguiu até agora e melhorar o que foi criado para resolver os problemas que ameaçam hoje a comunidade europeia é a única forma de solucionar os problemas da crise financeira", disse o presidente do Comitê Nobel.
Thorbjoern Jagland, conhecido por seu europeísmo em um país tradicionalmente eurocético, entregou o prêmio aos representantes das três principais instituições europeias, os presidentes do Conselho (Herman Van Rompuy), da Comissão (José Manuel Barroso) e do Parlamento (Martin Schulz).
"Não estamos hoje aqui reunidos com a convicção de que a UE é perfeita. Mas temos a convicção de que temos que resolver nossos problemas juntos", acrescentou Jagland na cerimônia realizada na Prefeitura de Oslo.
"Juntos temos que fazer todo o possível para não perdermos o que construímos sobre as ruínas de duas guerras mundiais", acrescentou, lembrando as "80 milhões de pessoas" que foram vítimas do extremismo no passado.
Jagland introduziu simbolicamente em seu discurso várias palavras em outros idiomas para ilustrar a diversidade europeia.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, se comprometeu a defender o euro, símbolo da unidade.
"Hoje um dos símbolos mais visíveis de nossa unidade está nas mãos de todos. Trata-se do euro, a moeda de nossa União Europeia", disse Barroso depois de ter recebido o Nobel. "Vamos defendê-lo", afirmou.
Barroso também falou da situação na Síria, classificando-a de "mancha" na consciência mundial e pediu uma intervenção para pôr fim a um conflito que deixou mais de 42.000 mortos em 20 meses, segundo uma ONG.
Nobel polêmico
A decisão do comitê de entregar o Nobel da Paz à UE foi muito criticada pelo fato de a instituição atravessar um de seus piores momentos.
A União Europeia, impulsionada após a II Guerra Mundial por França e Alemanha como uma forma de reconciliação após o conflito, começou com seis países membros e em julho terá 28, com a entrada da Croácia, um dos países envolvidos no conflito dos Balcãs, há 20 anos.
François Hollande e Angela Merkel se levantaram para agradecer os aplausos de dezenas de autoridades reunidas na Prefeitura de Oslo, onde os três representantes da UE receberam a medalha, o diploma e quase um milhão de euros.
Mas também houve ausências notáveis, como a do primeiro-ministro britânico, David Cameron, em pleno debate em seu país sobre a conveniência de seguir fazendo parte da UE.
A possível saída do bloco ("Brixit") já não é um tema tabu na Grã-Bretanha e o líder do cada vez mais popular partido eurocético UKIP, Nigel Farage, disse no domingo que "longe de trazer paz, a UE está engendrando violência, pobreza e desespero em toda a Europa".
Na presença de cerca de vinte chefes de Estado e de governo, entre eles o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, sentados um ao lado do outro, o presidente do comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, pediu que a UE "siga adiante", apesar da crise.
"Manter o que se conseguiu até agora e melhorar o que foi criado para resolver os problemas que ameaçam hoje a comunidade europeia é a única forma de solucionar os problemas da crise financeira", disse o presidente do Comitê Nobel.
Thorbjoern Jagland, conhecido por seu europeísmo em um país tradicionalmente eurocético, entregou o prêmio aos representantes das três principais instituições europeias, os presidentes do Conselho (Herman Van Rompuy), da Comissão (José Manuel Barroso) e do Parlamento (Martin Schulz).
"Não estamos hoje aqui reunidos com a convicção de que a UE é perfeita. Mas temos a convicção de que temos que resolver nossos problemas juntos", acrescentou Jagland na cerimônia realizada na Prefeitura de Oslo.
"Juntos temos que fazer todo o possível para não perdermos o que construímos sobre as ruínas de duas guerras mundiais", acrescentou, lembrando as "80 milhões de pessoas" que foram vítimas do extremismo no passado.
Jagland introduziu simbolicamente em seu discurso várias palavras em outros idiomas para ilustrar a diversidade europeia.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, se comprometeu a defender o euro, símbolo da unidade.
"Hoje um dos símbolos mais visíveis de nossa unidade está nas mãos de todos. Trata-se do euro, a moeda de nossa União Europeia", disse Barroso depois de ter recebido o Nobel. "Vamos defendê-lo", afirmou.
Barroso também falou da situação na Síria, classificando-a de "mancha" na consciência mundial e pediu uma intervenção para pôr fim a um conflito que deixou mais de 42.000 mortos em 20 meses, segundo uma ONG.
Nobel polêmico
A decisão do comitê de entregar o Nobel da Paz à UE foi muito criticada pelo fato de a instituição atravessar um de seus piores momentos.
A União Europeia, impulsionada após a II Guerra Mundial por França e Alemanha como uma forma de reconciliação após o conflito, começou com seis países membros e em julho terá 28, com a entrada da Croácia, um dos países envolvidos no conflito dos Balcãs, há 20 anos.
François Hollande e Angela Merkel se levantaram para agradecer os aplausos de dezenas de autoridades reunidas na Prefeitura de Oslo, onde os três representantes da UE receberam a medalha, o diploma e quase um milhão de euros.
Mas também houve ausências notáveis, como a do primeiro-ministro britânico, David Cameron, em pleno debate em seu país sobre a conveniência de seguir fazendo parte da UE.
A possível saída do bloco ("Brixit") já não é um tema tabu na Grã-Bretanha e o líder do cada vez mais popular partido eurocético UKIP, Nigel Farage, disse no domingo que "longe de trazer paz, a UE está engendrando violência, pobreza e desespero em toda a Europa".
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